CPI da Merenda caminha para desfecho e relator disse poder apresentar relatório final na próxima reunião, já na semana que vem.

Para Estevam Galvão, do DEM, relator da CPI, a comissão já ouviu testemunhas suficientes que comprovam as ações ilícitas na cooperativa.

“Eu acho que este trabalho todo já permite que se faça um relatório honesto, isento e que possa retratar a verdade alcançando o objetivo da CPI”, disse.

Marcos Zerbini, do PSDB, presidente da CPI, também analisou como positivo o trabalho da Comissão.

O deputado tucano negou qualquer blindagem feita pela comissão ao presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, ou ao governador Geraldo Alckmin. “A Coaf não era cooperativa, era organização criminosa. O Marcelo, lobista, usou de artimanhas para participar do roubo de dinheiro público e ficou claro que teve envolvimento de dois funcionários da Casa”, explicou.

Para o deputado petista Alencar Santana, há movimento para enterrar a CPI, mas em sua opinião outras pessoas ainda deviam depor e outros dados ainda não foram explicitados.

O prazo final da CPI é 13 de dezembro, mas o deputado indicou que é possível nova prorrogação de 30 dias. “CPI avançou, mas faltam pequenos detalhes para a gente revelar todo o esquema”.

Nesta quarta-feira (30) foi ouvido pelos deputados o ex-secretário estadual da Educação Herman Voorwald.

O ex-secretário falou sobre o que fez em sua gestão e negou que influenciasse nas decisões de compra de merenda.

Outro ouvido foi Joaquim Geraldo Pereira da Silva, que teria fornecido notas fiscais à Coaf por meio de sua empresa. O empresário negou irregularidades nos documentos que expediu e disse que os altos valores que ganhava era por sua competência profissional como consultor.

*Informações do repórter Fernando Martins