Se confirmada a inflação dentro da meta, o Banco Central terá mais argumento para fazer um corte maior da taxa de juros do que o realizado nos últimos meses (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
Os economistas de mercado consultados pelo Focus divulgado nesta segunda-feira estimam que a inflação em 2016 será de 6,49%, a primeira previsão dentro da meta oficial do indicador. Esta é a sexta semana seguida de queda nas apostas para o IPCA colhidas pelo boletim do Banco Central (BC)- na semana anterior, era de 6,52%.
Se confirmado, o resultado dará ao BC argumento a uma redução mais forte da taxa de juros do que o realizado nos últimos meses. O presidente da instituição, Ilan Goldfajn, tem sinalizado que o corte em janeiro deverá ser maior que as duas reduções de 0,25 ponto porcentual feitas em outubro e novembro – a Selic está atualmente em 13,75%. Os analistas do Focus estimam um corte de 0,50 ponto porcentual para o próximo encontro.
O objetivo fixado pelo governo para o IPCA em 2016 é de 4,5%, mas há uma margem de tolerância de 2 pontos porcentuais, chegando a 6,5%. Em novembro, o indicador teve alta de 0,18%, o menor resultado para o período em dezoito anos, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa para o PIB de 2017 caiu pela nona semana consecutiva, passando de 0,70% para 0,58%. Em relação a 2016, a previsão se manteve em -3,48%,
Outro indicador que teve recuo nas expectativas foi o de produção industrial, que passou de -6,68% para -6,72% em 2016, a quarta semana de baixa consecutiva. Para o ano que vem, a expansão esperada se manteve em 0,75%.
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