O abaixo-assinado que pede que o governo do Reino Unido cancele a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país superou 1 milhão de assinaturas. Em uma reunião com líder americano na última sexta-feira, em Washington, May convidou o presidente dos EUA a visitar Londres para ser recebido pela rainha Elizabeth II.
A solicitação da petição, iniciada pelo britânico Graham Guest, e que terá que ser debatida pelos deputados, foi enviada no sábado ao Parlamento por causa da controvérsia causada por Trump ao vetar a entrada nos EUA de cidadãos de vários países de maioria muçulmana.
Apesar do clamor popular, um porta-voz do governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse hoje que o convite foi “feito e aceito” por Trump e que não será cancelado.
Fontes de Downing Street, residência oficial da primeira-ministra, disseram que cancelar a visita seria um “gesto populista”. Segundo as fontes, os EUA são um “aliado importante” e é preciso “pensar a longo prazo”.
Os partidos da oposição pediram ontem que o governo não receba o novo presidente dos EUA após o anúncio do alcance da política migratória. Trump vetou a entrada nos EUA de cidadãos com passaportes da Líbia, Sudão, Iraque, Somália, Síria, Iêmen e Irã, países com histórico de terrorismo.
Além disso, o republicano suspendeu a entrada de todos os refugiados por 120 dias e também a concessão de vistos a cidadãos com passaportes dos sete países por 90 dias.
O cidadão britânico que iniciou o pedido ao Parlamento, Graham Guest, declarou que a finalidade era colocar o “foco” em Trump e que a visita “legitimaria” sua presidência, já que o republicano utilizaria o encontro para se reforçar no cargo.
No sábado à tarde, o abaixo-assinado tinha apenas 60 assinaturas, mas horas depois chegou a 100.000, o que faz com que ela tenha que ser debatida pelos deputados britânicos.
Foram convocadas manifestações de protesto contra a ordem executiva de Trump nas cidades de Londres, Manchester, Bristol, Brighton, Liverpool, Glasgow, Edimburgo, Cardiff e Swansea.
(Com EFE)
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