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Ricardo Vale: “PT não pode ser oposição irresponsável na CLDF”

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Distrital Ricardo Vale diz que a gestão Rollemberg é “fraca” e sonha em união de partidos de esquerda para corrida ao Buriti em 2018

Brasília (DF), 15/12/2016 - Eleições para presidente da CLDF -  Foto, Michael Melo/Metrópoles

Foto, Michael Melo/Metrópoles

O novo líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa, Ricardo Vale, assume a posição fazendo duras críticas à legenda. À frente da bancada desde 30 de janeiro, Vale reconhece que o partido passa pela maior crise de sua história, defende a expulsão de quem “traiu a militância” e reconhece que será preciso muito esforço para os petistas retomarem a confiança da população.

Um dos fundadores do PT em Sobradinho, em 1987, o deputado distrital em primeiro mandato espera criar alianças e apresentar um nome para concorrer ao Palácio do Buriti em 2018. Especialmente porque, na avaliação dele, a atual gestão é “fraca”.

Sem liderança ou nome que fortaleceria o PT no Distrito Federal até agora, Vale vai tentar costurar alianças com outros partidos até as próximas eleições. Para ele, que tentará a reeleição de distrital, Maninha (PSol), Arlete Sampaio (PT) e Joe Valle (PDT), atual presidente da Câmara, seriam os nomes mais indicados para a esquerda apoiar.

Vale também faz críticas ao senador Cristovam Buarque, que já foi uma grande liderança do PT na capital federal e acabou deixando a sigla para se filiar ao PDT. Hoje, o ex-petista está no PPS.

Veja o posicionamento de Ricardo Vale em cinco pontos.

Liderança do PT na CLDF
É uma missão de muita responsabilidade ser líder no momento que passamos pela maior crise, mas me vejo como um líder com visão nova e disposto a muito diálogo.

Bancada rachada
Chegamos a ter cinco deputados na Casa. Hoje, são três, mas ainda somos a maior bancada da CLDF. Embora haja divergências pontuais, votamos juntos quando todos concordam. Quando não há acordo, cada um vota de acordo com o que acredita.

O PT hoje
Espero uma renovação total no partido, com novos militantes e novos nomes. É um equívoco do partido não punir quem errou. É preciso fazer uma autocrítica e afastar os que nos traíram. Mas não saio do partido. Que saia quem errou, quem traiu a militância.

2018
Diante do quadro, o meu papel como líder é colocar a necessidade de construir um nome para o Buriti. Defendo uma frente com outros partidos da esquerda, como PDT, PSOL, PCdoB e até o PSB. O próprio Joe (Valle, presidente da Câmara Legislativa) seria uma alternativa, mas defendo a Maninha e a Arlete (Sampaio) como nomes fortes.

Cristovam Buarque
Ele seria um bom nome para 2018, mas está muito atrelado ao grupo de direita, apesar de falar em uma nova esquerda.

Oposição a Rollemberg
A gestão atual já é fraca, então o PT não pode fazer uma oposição irresponsável na Câmara Legislativa. A bancada do PT vai continuar votando contra projetos que não concorda, mas, em determinadas pautas, não podemos ir contra a população.

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