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Vigilância investiga se alvo da ‘Carne Fraca’ forneceu merenda a escolas do DF
Diretor da Vigilância Sanitária diz que empresa é responsável por carnes congeladas; antes, informou que era de embutidos. Laudo deve demorar 10 dias para sair.
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal informou nesta terça-feira (21) que uma das empresas investigadas na operação “Carne Fraca” fornece alimentos para merendas em escolas públicas. Segundo o diretor do órgão, Manoel Neto, fiscais vão iniciar uma investigação, colhendo amostras, para apurar se alunos ingeriram comida prejudicial à saúde.
A informação é de que a empresa fornece carne congelada. Incialmente, o órgão tinha informado que eram salsichas e outros tipos de embutidos. O nome da empresa não foi divulgado pela Vigilância Sanitária até a última atualização desta reportagem.
Em consultas no Portal da Transparência, o G1 identificou que nenhuma das 21 empresas investigadas na “Carne Fraca” é fornecedora direta do GDF. “A empresa que ganha a licitação aqui pode não estar citada na operação da PF, mas às vezes compra produtos dessas empresas”, afirmou Neto.
Ele explica que o objetivo é “saber se esse produto está trazendo algum tipo de risco para os estudantes”. “A investigação começa com a investigação do lote, coleta das amostras. [A Vigilância Sanitária] Deve demorar dez dias pra concluir a analise e penalizar a empresa, tomar uma medida punitiva se houver algum tipo de agravo.”
Segundo o diretor, eventuais denúncias podem ser enviadas pelo telefone 160. Ele afirma que o GDF “toma todos os cuidados pra que esse alimento chegue de forma adequada”. “É difícil burlar, mas pode acontcer. Por isso que a gente vai atrás.”
No ano passado, foram feitas fiscalizações em 10 mil estabelecimentos do DF, informou a Vigilância Sanitária. Também em “blitze”, foram apreendidas 40 toneladas de alimentos, em 6 mil atuações em veículos.
‘Carne Fraca’
A operação da Polícia Federal batizada de “Carne Fraca” investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. A apuração suspeita da participação de grandes empresas do setor como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo.
Segundo as investigações, o esquema no Paraná era comandado pelo ex-superintendente regional do Mapa, Daniel Gonçalves Filho, e pela chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Maria do Rocio Nascimento, que trabalham em Curitiba. De acordo com a Polícia Federal, PP e PMDB foram beneficiados com o esquema de corrupção nos últimos 2 anos. Todos os citados negam as acusações.
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