Brasília quer ser reconhecida pela Unesco como ‘cidade criativa’ pelo design

Também deverá ampliar os investimentos em criação, produção e distribuição de atividades culturais, bem como o acesso à arte e a ampliação da participação da população mais desassistida da vida cultural da cidade.

“Brasília reúne o que há de melhor na arquitetura e urbanismo, com Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, nas artes plásticas com Athos Bulcão, no paisagismo com Burle Marx. Estes e outros permitiram que a nossa capital pudesse, muito cedo, ser reconhecida como patrimônio cultural da humanidade”, afirmou Rollemberg.

Para o designer Aciole Felix, a participação de Brasília na rede da Unesco, além de fomentar a produção artística local, será uma oportunidade de levar nomes candangos para fora do país.

Com arte que se utiliza dos desenhos arquitetônicos e topografia da capital, Felix levou para Milão e Paris um pouco do que Lúcio Costa idealizou para a capital, além da estética própria. “Meu objetivo é desmistificar Brasília como uma cidade exclusivamente política. Levo a beleza dos prédios públicos, da cidade que a gente ama.”

Algumas das obras do artistas foram exibidas durante a coletiva de imprensa junto ao trabalho de outros designers do coletivo “Natural de Brasília”, que reúne cerca de 30 marcas genuinamente brasilienses.

Segundo o secretário-adjunto de Turismo, Jaime Recena, integrar a rede garante à capital mais que um título, mas a chance de estimular ainda mais os artistas locais.

“O brasiliense respira design e tem esse reconhecimento da população. Brasília nasceu no design.”

A participação na rede também vai permitir que Brasília “troque figurinhas” com outras cidades que tiveram experiências positivas na área, “além de mostrar o que nós sabemos fazer de melhor”.

“O design tá no ar que a gente respira, na arquitetura, nas jóias, na produção de artesanato, na gastronomia. Em tudo.”