Ambulantes do Brás pagam mensalidade para trabalho clandestino

O comércio acontece nas madrugadas e os vendedores ficam até o início da manhã. Quando policiais militares chegam ao local, eles retiram as mercadorias.

A Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Comércio Solidário do Brás tem registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo e não tem vínculo com a Prefeitura da capital, mas administra o comércio da Rua Tiers.

Por telefone, um funcionário da cooperativa explicou para o Bom Dia São Paulo que os comerciantes pagam, por ano, R$ 600. Este valor coloca o ambulante em uma lista de espera e não garante um ponto de venda. Os vendedores contemplados pagam R$ 180 por mês e R$ 45 por semana para manter o direito de trabalhar.

A Prefeitura disse que policiais militares que participam da Operação Delegada fiscalizam a região junto com agentes da Subprefeitura da Mooca e que há um projeto de requalificação para o local.

A Secretaria da Segurança informou que a PM faz patrulhamento com motos e bicicletas na região e que nos quatro primeiros meses de 2017, 458 pessoas foram presas em flagrante na região do Brás, mas não explicou se as prisões estão relacionadas ao comércio ilegal.

Sobre a cooperativa, a Secretaria afirma que não há denúncias ou registros de ocorrências registradas e que pessoas que se sentirem lesadas devem formalizar a queixa às autoridades.