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Motorista que atropelou skatistas na Rua Augusta ainda não se apresentou à polícia
Dono do carro já foi identificado pela placa do veículo, mas polícia não sabe se ele é quem estava dirigindo o veículo. Cerca de cinco pessoas ficaram feridas.
O motorista que atropelou skatistas na Rua Augusta, na região central de São Paulo, na manhã deste domingo (25), ainda não se entregou à polícia. O caso foi registrado como lesão corporal e será investigado pelo 4º Distrito Policial.
O dono do carro já foi identificado pela placa do veículo, mas a polícia ainda não sabe se ele é quem estava dirigindo o veículo no momento do acidente. Segundo testemunhas, havia mais pessoas no carro.
O Ford Ecosport passou em alta velocidade pela rua e atropelou as pessoas na altura do número 500 durante um evento de skate por volta das 10h. As vítimas foram levadas ao Pronto-Socorro da Santa Casa e da Lapa.
Segundo a organização do Go Skate Day, cinco pessoas ficaram feridas, mas segundo a Polícia Militar, foram duas pessoas, de 20 e 30 anos. Pelos vídeos, é possível contar seis atropelamentos.
No dia 21 de junho, foi comemorado em todo o mundo, “O Dia Mundial do Skate”. Como a data caiu em dia útil, os skatistas brasileiros resolveram comemorar neste domingo. Os skatistas fizeram a concentração em frente ao Masp por volta de 9h. Às 10h30, eles começaram a “skateada” que passaria pela Avenida Paulista, Rua Augusta, Rua Martins Fontes, Rua Álvaro de Carvalho, Rua João Adolfo, com chegada no Vale do Anhangabaú prevista para as 11h40.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que “interditou vias na região da Consolação, área central da cidade, neste domingo para a realização do evento “Go Skate Day”. O bloqueio da Rua Augusta foi das 9h20 às 11h para a passagem dos skatistas”.
Os organizadores previam que o evento superasse os 15 mil participantes do ano passado e chegasse aos 20 mil.
Depois do acidente, um grupo de skatistas e ciclistas protestou na Avenida Paulista na noite de domingo. Eles levaram skates e bicicletas para chamar atenção sobre violência no trânsito.
‘Mão rasgada e cortada’
Atendente em uma lanchonete na Rua Augusta, no Centro de São Paulo, José Ezequiel Magalhães ajudou as vítimas de um atropelamento na Rua Augusta.
“Vi mão rasgada, cortada, braço, joelho [machucados]. Uma moça que não sei se ele [atropelador] chegou a passar por cima da perna dela. Estava com o joelho muito arregaçado, chorando aqui. O rapaz que foi atendido pelo resgate estava bem machucado”, descreve sobre os ferimentos.
Magalhães acompanhava o evento de skate na rua quando viu o carro descendo desgovernado. Na sequência, já notou as pessoas machucadas à porta da lanchonete.
“Muita gente caída, galera com joelho, mão, braço machucado. Trouxe gelo para pôr no braço, na mão, na perna. Deixei usar o banheiro para lavar as mãos. A CET não tinha fechado direito, eu acho. Depois disso é que foram fechar para não passar mais carro”, afirma.
O funcionário relata que o clima, após o atropelamento, foi de pânico e revolta. “Muita gente correndo, a galera querendo quebrar o carro, é claro. Mas muita gente correndo também para se defender e o cara fazendo ziguezague querendo acertar a galera.”
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