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Moradores de Embu-Guaçu reclamam de fim de projeto de tratamento com equoterapia
Ex-pacientes sofrem fim de tratamento com cavalos, que era oferecido pela prefeitura há 8 anos. Nova gestão diz que trabalha para ter condições financeiras de retomar projeto em 2018.
Um projeto de equoterapia, que é terapia feita com ajuda de cavalos, e que funcionava em Embu-Guaçu foi encerrado há um ano por falta de dinheiro. Os moradores reclamam que o projeto, que funcionou por oito anos e era feito de forma gratuita, foi cancelado em julho de 2016 e até agora não voltou.
O projeto funcionava em uma chácara a 6 km do centro da cidade e agora está abandonado. A responsabilidade do trabalho era da terapeuta Cleide Schunk, dona da chácara e que cedeu o espaço para a antiga gestão municipal. A terapeuta recebia do município R$ 20 mil por mês para manter o trabalho.
Familiares de pacientes e ex-pacientes da equoterapia, porém, sentem no corpo a falta do tratamento. Entre elas está Camila Gonçalves Alves, de 19 anos, que fazia tratamento para paralisia cerebral no projeto e costumava ficar mais calma enquanto tinha a convivência com os cavalos. “Eu ficava mais relaxada, mais calma, e agora está atrapalhando”, reclama a garota.
Outros jovens e crianças de Embu-Guaçu, que também faziam equoterapia, ficaram sem o benefício gratuito que era oferecido pela prefeitura até 2016.
“Criança com síndrome de down precisa deste tratamento. Não fala e nem anda direito, precisamos deste tratamento”, afirma Elaine de Andrade, mãe de outro ex-paciente.
Os cavalos são alguns dos melhores tratamentos para quem tem problema nas costas, de nervo ciático, problemas de locomoção para andar e cadeirantes.
“Antes de terminar a gestão do prefeito em 2016, ele encerrou o convênio”, relembra Cleusa. Quando a nova gestão municipal assumiu, o convênio iria ser retomado, só que não havia condições financeiras.
Quem está sem tratamento, porém, diz que não tem condições de pagar por um serviço semelhante. “Eu estou desempregado, minha esposa trabalha, mas ganha pouco, não tem condições de pagar”, afirma Valdir Alves, pai de ex-paciente.
A filha de Maria Aparecida tem autismo e a mãe também está preocupada pois, sem a equoterapia, a saúde da menina regrediu. “Ela não se comunica como se comunicava antes, já fica mais isolada, passa o tempo todo no quarto. E, com a equoterapia, ela saía, a convivência dela com os cavalos era muito boa, ajudava demais”, afirma Maria Aparecida.
A prefeitura de Embu-Guaçu disse que o projeto foi encerrado na gestão passada. O ex-prefeito disse que ofereceu equoterapia por 8 anos e que precisou encerrar o projeto porque não iria continuar no comando da cidade.
A atual gestão disse que a volta do projeto depende de questões financeiras e que, por isso, já incluiu na previsão do orçamento de 2018.
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