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Alckmin reúne DEM e aliado prevê desembarque do governo Temer

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Cúpula do partido informou o governador que espera contar com pelo menos 50 deputados na janela de transferência partidária, em 2018

Principal aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na Executiva do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (SP), secretário-geral da legenda, sinalizou o desembarque da sigla do governo Michel Temer (PMDB). O parlamentar disse nesta segunda-feira (24/7) que, depois da votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente da República no plenário da Câmara, dificilmente os tucanos continuarão o apoio ao peemedebista.

A declaração ocorreu poucas horas antes de um jantar que começou às 21h30, a pedido da cúpula do DEM, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O encontro, que não estava na agenda oficial de Alckmin, durou uma hora e meia e reuniu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), o líder do DEM na Casa, Efraim Filho (PA), o senador e presidente da legenda, José Agripino Maia (RN) e Rodrigo Garcia (SP).

Os convidados foram embora sem falar com a imprensa. Segundo a assessoria de Alckmin, a reunião tratou da conjuntura política e das reformas que tramitam no Congresso. Além do cenário político, havia outra pauta polêmica: o assédio de Maia aos deputados do PSB, partido do vice-governador de São Paulo, Márcio França — um dos principais articuladores da pré-campanha de Alckmin à Presidência em 2018.

O movimento do presidente da Câmara enfraqueceu a articulação de França para presidir o PSB.

Torres, que se reuniu na segunda com França no Bandeirantes, antes da reunião com o DEM, afirmou que não foi definida a posição oficial do partido sobre a votação da denúncia no plenário, mas disse que a bancada de 46 deputados deve ser liberada.

Maioria
O secretário-geral do PSDB avalia que hoje há uma “ampla maioria” favorável ao desembarque dos quatro ministros tucanos no governo. São eles Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Luislinda Valois (Direitos Humanos) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores).

“Após a votação o PSDB dificilmente ficará no governo. Teremos a liberdade política de nos articular para 2018. Ficaremos em uma posição crítica de poder fazer a avaliação do atual governo”, disse o tucano.

Bancada
A cúpula do DEM informou a Alckmin que o partido espera contar com pelo menos 50 deputados federais na janela de transferência partidária, prevista para o início de 2018. Ao menos 12 deles viriam do PSB, legenda de Márcio França, que disputa a presidência nacional da sigla.

No encontro, o secretário de Habitação de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o tucano foi informado de que o DEM, que hoje tem 31 deputados, 29 deles em exercício, calcula que vai chegar a 50, tornando-se, assim, uma das maiores bancadas da Câmara e superando a do PSDB, que tem 46.

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