O incêndio que atingiu a Floresta Nacional de Brasília (Flona), às margens da DF-001, neste domingo (17) durou, pelo menos, 20 horas e voltou a queimar a vegetação na manhã desta terça (19). Por volta das 6h30, o Corpo de Bombeiros informou que deslocou 12 militares e dois carros para combater as chamas.
Os bombeiros não informaram a extensão da área queimada, porque a medição será feita somente após o controle total das chamas.
Há 120 dias sem chuvas, o DF passa por um período de baixa umidade e grande amplitude térmica – quando a diferença entre as temperaturas máxima e a mínima é expressiva. Estes fatores, somados à alta velocidade dos ventos, favorecem os incêndios florestais, segundo os bombeiros.
No entanto, a retomada do fogo logo nas primeiras horas da manhã levantam suspeitas sobre a origem do incêndio. “Não é normal o fogo remitir nas primeras horas da manhã, porque a umidade é mais alta e a temperatura mais amena”, disse o tenente Souza Mendes. “Mas ainda é muito cedo para fazer qualquer afirmação.”
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a umidade do ar nesta terça é de 25% com temperatura máxima de 28 ºC.
24 horas de fogo
Somente neste domingo, 69 bombeiros trabalharam cerca de 8 horas com o auxílio de 12 carros. De acordo com a corporação, o incêndio foi de grandes proporções e ameaçou chácaras próximas, na região do Incra 7.
Pelo menos mais quatro focos de incêndio foram registrados no mesmo dia no DF. Outro de grande proporção, atingiu a região da Aguilhada, em São Sebastião. Em Planaltina, o gramado de um estádio foi atingido por fogos de artifício liberados durante a inauguração do Centro Olímpico e Paralímpico. Também houve chamas no lote de uma seguradora, com queima total de três carros.
Na segunda, o incêndio na Flona voltou por volta das 9h25 e durou até as 21h. O combate foi feito por cerca de 60 militares, nove carros e um avião “ninbus” – modelo que tem capacidade para armazenar 3,1 mil litros de água.
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