Dois servidores públicos do Distrito Federal são alvos da Operação Sacerdote, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (22) para desarticular uma organização criminosa especializada em grilagem de terras.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão no Plano Piloto, Lago Sul e Norte, Park Way, Cruzeiro, Vicente Pires, Águas Claras e Taguatinga.
A Terracap também foi alvo de busca e apreensão, onde foi recolhido o computador que o servidor suspeito utilizada. Os militares também apreenderam malotes com documentos, HDs e celulares, que foram levados para o Departamento de Polícia Especialziada (DPE).
A agência informou, por meio de nota, que está colaborando com as investigações e que chegou a notificar a Polícia Civil sobre a suspeita dos crimes quando notou a “inexistência” de alguns lotes do Setor de Mansões Dom Bosco no sistema de controle interno.
As investigações, iniciadas há um ano e três meses, foram coordenadas pela Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) com o apoio de outras delegacias especializadas e da Divisão de Operações Especiais (Doe).
O esquema
De acordo com as investigações, o grupo demarcava e revendia terrenos “valiosos” cedidos pelo GDF, como no Setor de Mansões Urbanas Dom Bosco, no Lago Sul, e em áreas de proteção ambiental. Os suspeitos vão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, tráfico de influência, advocacia administrativa e corrupção ativa.
Um deles era funcionário do Tribunal de Contas do DF e estava lotado na Terracap. Outro, que havia trabalhado na Administração Regional do Riacho Fundo I, é alvo de uma operação da Polícia Civil pela segunda vez neste ano. Em julho, ele foi preso na Operação Habite-se por emitir concessões ilegais de alvarás e cartas de habite-se e acabou sendo exonerado do cargo.
Segundo a delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, o grupo fazia promessas de vantagens ilícitas a funcionários do governo para liberarem a concessão de terrenos públicos, que depois eram revendidos. As investigações ainda apuram a participação de outros funcionários públicos no esquema.
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