Pedestres caminham em frente a um telão no centro de Tóquio durante transmissão de um telejornal com a imagem do ditador norte-coreano Kim Jong-Un, após a realização de mais um teste de mísseis que passou sobre o território japonês – 15/09/2017 (Toru Yamanaka/AFP)
O ministro de Relações Exteriores norte-coreano disse nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou guerra contra a Coreia do Norte e que Pyongyang tem o direito de tomar contra-medidas, incluindo derrubar caças americanos, mesmo que estejam no espaço aéreo internacional.
Ri Yong Ho, afirmou que os recentes comentários de Trump, foram “claramente” uma declaração de guerra a seu país. “Todo o mundo deve lembrar claramente que foram os Estados Unidos que primeiro declararam guerra contra o nosso país”, disse o ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho, a repórteres, em Nova York, onde participa da Assembleia-Geral da ONU.
“Uma vez que os Estados Unidos declararam guerra contra o nosso país, nós teremos todo o direito de tomar contra-medidas, incluindo o direito de derrubar bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos, mesmo quando eles não estiverem dentro da fronteira do espaço aéreo do nosso país”.
“Homem-foguete”
No domingo, Trump comentou no Twitter o discurso realizado na véspera por Ri Yong Ho na ONU. Em sua fala, Ri disse que o insulto de Trump ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, qualificado pelo americano como “homem-foguete”, tornaria “a visita de nosso foguete a todo território dos Estados Unidos como ainda mais inevitável“.
Trump, por sua vez, afirmou que ouviu o discurso do ministro norte-coreano na ONU. “Se ele ecoa os pensamentos do Pequeno Homem-Foguete [Kim], eles não estarão por aí por muito mais tempo”, escreveu Trump.
Just heard Foreign Minister of North Korea speak at U.N. If he echoes thoughts of Little Rocket Man, they won’t be around much longer!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de setembro de 2017
Ri qualificou Trump como “uma pessoa mentalmente perturbada”. Em seu primeiro discurso na Assembleia-Geral, o presidente americano havia ameaçado “destruir totalmente” a Coreia do Norte, caso seja provocado.
(com agências internacionais)
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