A Interpol anunciou nesta quarta-feira, em decisão que contraria o governo de Israel, que a Palestina será integrada aos seus quadros como Estado-membro com direitos plenos, após votação ocorrida na assembleia-geral da organização internacional de policia criminal em Pequim.
“Essa vitória foi possível em razão da posição da maioria dos membros da Interpol”, disse o ministro de Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, em comunicado. Setenta e cinco países apoiaram a entrada da Palestina, enquanto outros 34 se abstiveram na votação. Vinte e quatro membros, entre eles Estados Unidos e Israel, votaram contra os palestinos.
Israel sustenta que a Palestina não é um Estado reconhecido e, por isso, seria inelegível para participação na Interpol. O país havia tentado provocar o adiamento da votação para o ano que vem, e contava com o apoio dos Estados Unidos, que na terça-feira apresentaram uma moção para paralisar o processo de admissão – ambos os pedidos foram rejeitados.
“Este é um momento de comemoração para todos os que acreditam no direito do povo palestino a um Estado soberano e independente”, disse à Agência Efe o porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Xavier Abu Eid. “Os que se opõem são simplesmente aqueles que estão dispostos a normalizar o controle israelense sobre a nossa vida e o nosso destino”, acrescentou.
Além da Palestina, as Ilhas Salomão foram admitidas pela assembleia-geral como Estado-membro da Interpol. Kosovo, que também havia solicitado a entrada na organização, retirou a candidatura ontem por falta de apoio. O órgão é composto agora de 192 membros.
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