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Criticada, farinata para atender população carente de SP ainda não tem prazo para sair do papel

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A secretária de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo esclarece que o produto granulado apresentado como opção de alimento para população mais pobre da capital era, na verdade, imitação de pipoca


 

A secretária de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo esclarece que o produto granulado apresentado como opção de alimento para população mais pobre da capital era, na verdade, imitação de pipoca.

Eloisa Arruda defende o uso da farinata, feita a partir de alimentos que estão perto da data de vencimento, na base também de outros produtos, como bolos e molhos.

A iniciativa recebeu críticas na semana passada e o composto foi chamado de ração.

O Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo também alegou que o programa Alimento Para Todos contraria os princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Para Arruda, o objetivo principal da ação, que é evitar o desperdício de comida, foi distorcido: “é como se fosse uma pipoquinha que não tem tempero, nem nada e tem alto teor nutricional. Ou seja, o objetivo é aumentar o poder nutricional de alimentos in natura. Houve distorção em relação à compreensão deste projeto. Não existe distribuir ração para a população carente”.

No vídeo em que apresenta o programa nas redes sociais, o prefeito João Doria mostra um biscoito feito com o composto, mas não fica claro que é um subproduto da farinata.

Segundo a fundadora da Plataforma Sinergia, Rosana Perroti, que fabricará o composto, o excedente da comida gerada por um polo gastronômico como São Paulo pode ultrapassar as fronteiras do País: “para todos os lugares, principalmente com prioridade onde tem catástrofes também. Já estou sonhando com contêiner saindo para os refugiados na Europa. Até transporte marítimo já temos oferecido para este projeto”.

A política de distribuição dos alimentos em igrejas, ONGs e entidades ainda está sendo elaborada e não há prazo para sair do papel.

No fim de semana, em Milão, o prefeito Doria ressaltou que os alimentos liofilizados são seguros e usados pelo exército e por astronautas.

 

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