O Metrô fechou as estações às 10h desta sexta-feira (10) por falta de pessoal, no segundo dia de greve. A previsão é que o serviço só volte a operar no horário de pico de fim do dia, das 16h30 às 20h30. Funcionários com cargos de chefia foram responsáveis por manter o sistema funcionando.
O começo das operações nesta sexta ocorreu com atraso de dez minutos. De acordo com a administração do Metrô, foram 20 trens, 22 estações abertas e duas fechadas para embarque. “A operação transcorreu com normalidade, com empregados da companhia e apoio da Polícia Militar do DF.”
“A direção do Metrô solicitou ao sindicato uma lista de funcionários para trabalhar durante a greve, em cumprimento à decisão judicial. No entanto, até agora, não se manifestaram”, disse o Metrô.
A diretora de comunicação do sindicato, Renata Strafacci, disse que o sindicato entendeu que está “impossibilitado de respeitar a decisão judicial” porque foi baseada em informações errôneas apresentadas pela direção do Metrô.
“Ele alega que são 32 trens. De fato são. Mas nem todos são operantes. De operacionais, são só 27 trens. Ou seja, se eu colocar uma percentagem sobre um total de trens que não circulam, estou aumentando o número e não estou em estado de greve.”
O sindicato informou ainda que mantém um mínimo de 30% do efetivo trabalhando. A entidade também criticou a forma com que o sistema continua rodando. “Há funcionários lá dentro que não são pilotos e estão pilotando. É uma coisa arriscada.”
Entenda
Metroviários entraram em greve na quinta. Os funcionários pedem reajuste salarial de 8,4%, com base na variação do índice INPC, e a contratação de 631 pessoas aprovadas no último concurso – 331 de forma imediata e 300 de cadastro de reserva. Uma reunião de conciliação está marcada para a tarde desta sexta na Justiça trabalhista.
Uma decisão judicial estabelece que 90% da frota circule em horário de pico e 60% em horários de menos movimento. No dia do Exame Nacional do Ensino Médio, a determinação é que o serviço funcione em 100% da capacidade.
Para reforçar o transporte público, a Secretaria de Mobilidade divulgou um “plano emergencial” para atender aos passageiros de ônibus. Segundo o GDF, 67 ônibus extras devem circular nas cinco regiões afetadas com a greve dos funcionários do metrô.
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