Economia
Dólar à vista se fortalece em linha com exterior à espera de reformas
O dólar à vista bateu nova máxima, aos R$ 3,2634 (+0,12%) na manhã desta sexta-feira, 10, acompanhando o leve fortalecimento do Dollar Index há pouco, de 0,08%. No mercado futuro, o dólar para dezembro registrou máxima em R$ 3,2705 (+0,32%).
O operador de câmbio da corretora Multimoney, Durval Corrêa, diz que o mercado cambial está em compasso de espera das novas etapas de negociações em torno das reformas da Previdência no Brasil e tributária nos Estados Unidos.
Para ele, a alta de 0,42% do IPCA de outubro bem perto do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (de 0,40% a 0,55%, com mediana positiva de 0,48%) apoia a queda dos juros futuros, mas não afeta diretamente a precificação da taxa de câmbio. Em setembro, o IPCA subiu 0,16%.
“Com algum andamento da reforma da Previdência nesta semana por aqui, o mercado deve ficar mais calmo e aguardando notícias novas, como a contagem de votos de parlamentares favoráveis e contrários à reforma para avaliação do quorum para a votação na Câmara”, disse Corrêa. Por isso, em sua opinião, o dólar está operando praticamente no zero a zero, aguardando novidades por aqui e no exterior.
Em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 9, que ainda não há, na articulação política, a solução para votação na Casa. “A gente sente que os líderes ainda estão com muita dificuldade para convencer seus deputados”, disse Maia, referindo-se à reforma da Previdência.
O presidente da Casa não marcou sessões de votações no plenário da Câmara durante toda a próxima semana, em razão do feriado da Proclamação da República, comemorado na quarta-feira, 15 de novembro. Isso depois dele e uma comitiva de deputados terem passado quatro dias nos Estados na semana passada por conta do feriado do Dia de Finados. Agora, terão mais dez dias seguidos de folga a partir deste sábado, 11.
Já nos EUA, os textos dos projetos finais de corte de impostos foram divulgados e apresentaram divergências. Enquanto o Comitê de Meios e Recursos da Câmara aprovou a medida para corte imediato do imposto corporativo (dos atuais 35% para 20%), o Comitê de Finanças do Senado apresentou texto em que prevê a redução das taxas para as empresas somente em 2019.
Diante das divergências, os investidores passaram a apostar na dificuldade de aprovação da reforma no prazo desejado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deseja sancionar a lei até o Natal. Vale ressaltar que a expectativa de aprovação da reforma tributária americana fez com que o dólar subisse 4% desde setembro.
Às 10h01 desta sexta, o dólar à vista desacelerava aos R$ 3,2629 (+0,10%). Na mínima, mais cedo, caiu até R$ 3,2519 (-0,23%). Já o dólar futuro de dezembro subia 0,28%, aos R$ 3,2690.
No mesmo horário, o DI para janeiro de 2019 exibia 7,24%, de 7,28% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2020 estava em 8,44%, de 8,49%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 marcava 9,24%, de 9,27% no ajuste da véspera
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