Cerca de 170 mil moradores do Distrito Federal que dependem do Metrô devem encontrar as 24 estações fechadas nesta terça-feira (21), pelo quarto dia consecutivo. Na noite desta segunda (20), nem os trabalhadores, nem a direção do serviço informaram previsões de retomar o funcionamento dos trens.
O Metrô informou que “está pronto para operar, mas depende do sindicato dos metroviários”. Segundo a empresa, desde sábado (18), o sindicato não disponibilizou empregados da área operacional em número suficiente para garantir a “operação segura, tanto para os usuários como para o sistema, descumprindo a decisão judicial”.
Já o sindicato da categoria (Sindmetrô-DF) disse que espera uma reunião com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para se posicionar.
Para tentar minimizar os impactos da paralisação, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e o Detran liberaram as faixas exclusivas para ônibus para circulação de todos veículos na EPTG, na EPNB, na W3 Sul e Norte e no Setor Policial Sul até a meia-noite de quarta-feira (22). Além disso, o DFTrans colocou 67 veículos extras para rodarem durante a paralisação.
De acordo o Metrô, os serviços serão normalizados somente após o sindicato apresentar os empregados. A empresa acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na última quinta para exigir o cumprimento da decisão judicial que manda 90% da frota circular em horário de pico e 60% em horários de menos movimento.
Segundo o governo, como os metroviários não estão respeitando a determinação, caberia o pagamento da multa estipulada em caso de descumprimento, de R$ 100 mil por dia.
Escala reduzida
O Metrô disse que, até a semana passada, havia um número reduzido de trens circulando, porque funcionários de áreas administrativas foram remanejados às estações para dar suporte à operação do sistema.
Em resposta, o Sindicato dos Metroviários afirmou que “alguns empregados estão indo trabalhar todo dia”.
“A questão é que a empresa estabeleceu que, se não tiver o quantitativo desejado, não vai abrir. A gente entende que a greve é um transtorno pra população, pede desculpa, mas infelizmente é uma situação que está se arrastando há três anos.”
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