O ex-jogador do basquete Dennis Rodman pediu ao governo americano para que seja alçado ao posto de enviado especial à Coreia do Norte, país que já visitou diversas vezes. Ele diz ser amigo do líder do regime, Kim Jong-un. “Se eu puder voltar lá, vocês vão me ver falando, jantando, tomando uma taça de vinho e dando risadas com ele”, disse o atleta a repórteres em Pequim nesta segunda-feira, segundo informa o jornal britânico The Guardian.
Rodman viajaria pela sexta vez a Pyongyang, mas desistiu dos planos na Chinaao ser alertado por oficiais americanos. “Basicamente, eles disseram que agora não é um bom momento”, pontuou sobre a decisão. Cidadãos americanos estão proibidos de visitarem a Coreia do Norte desde o veto imposto pelo departamento de Estado em 1º de novembro. A medida foi tomada após a morte de Otto Warmbie, estudante americano preso por mais de um ano no país.
As tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte aumentaram desde o último teste balístico do regime norte-coreano no final de novembro, e a troca de provocações tem levado a ameaças de guerra de ambos os lados. Rodman, contudo, acredita que este seria o momento ideal para fazer o papel de mediador. “Acredito que muita gente ao redor do mundo gostaria que eu fosse para ver se eu conseguiria algo”, disse sobre uma futura ida a Pyongyang, acrescentando que “as coisas iriam se acalmar um pouco e todo mundo poderia relaxar”.
Aos jornalistas, o ex-jogador de basquete descreveu Kim como fã de Frank Sinatra e disse que o líder norte-coreano pediu a ele que escrevesse uma biografia. A última vez que Rodman esteve na Coreia do Norte foi em junho — na situação, os dois não se encontraram. Segundo informa o The Guardian, sessões de karaokê e esqui são alguns dos programas que a dupla já compartilhou durante as estadias do americano na península coreana.
“Tenho tentado convencer Donald desde o primeiro dia: ‘vamos conversar, cara. Eu te digo o que o marechal quer mais do que tudo, o que nem é muita coisa’”, disse Rodman sobre seus planos para intermediar as conversas entre o presidente americano e o líder do regime norte-coreano, a quem se refere como “marechal”. Ao ser indagado sobre o que Kim Jong-um gostaria, o atleta desconversou. “Não vou contar para vocês”, respondeu, acrescentando que “vou dizer ao Trump quando encontrá-lo”.
A Casa Branca não se manifestou sobre os pedidos de Rodman. Em 2013, quando o astro fez sua primeira viagem à Coreia do Norte, Trump, então apresentador do programa Aprendiz Celebridades, elogiou a decisão do ex-jogador de basquete, a qual classificou como “esperta”. “Talvez Dennis seja muito melhor do que o que temos à disposição”, disse o atual presidente americano à época sobre o aprendiz de diplomata, participante da atração naquele ano.
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