Horas após ser nomeada secretária de Trabalho do Distrito Federal, a psicóloga Ludmila Passos pediu para sair do cargo. Nesta terça-feira (13), ela pediu para sair do governo após a divulgação de áudios em que criticava o governador Rodrigo Rollemberg.
O áudio tinha sido feito durante uma reunião do PSDB, dois meses de ser chamada. Ela usou termos definindo Rollemberg como “pior que Brasília já viu”.
“Tendo em vista a divulgação de gravação de uma reunião interna na executiva do PSDB, de forma a atingir a credibilidade e a confiança que senti em V. Exa, e também o desejo de acertar e de contar com os quadros do PSDB para ajuda-lo a governar, solicito meu afastamento do cargo”, declarou após a divulgação dos áudios.
Na prática, a secretária nem sequer foi exonerada porque não chegou a ser empossada. Nesta quarta-feira (13), foi publicado no Diário Oficial um decreto que “torna sem efeito” a nomeação dela.
A secretaria
Entre as funções da pasta estão cuidar de políticas de trabalho, assistência social, transferência de renda e segurança alimentar e nutricional. Também constam nas atribuições ações de respeito aos direitos humanos, à diversidade e à equidade de gênero e raça.
Psicóloga com especialização em desenvolvimento humano, professora e servidora pública federal, Ludmila assumiria a pasta no lugar de Gutemberg Gomes. Ele foi exonerado em 17 de outubro, após o rompimento do PDT com o governo, anunciado uma semana antes.
Na ocasião, o partido disse que sairia da base aliada e “colocaria à disposição” os cargos que eram, até então, ocupados por seus filiados.
A decisão foi oficializada após um mês de “cisão”, motivada pela reforma da previdência dos servidores distritais e outras discordâncias em projetos. Em nota, o partido diz que “continuará a votar favoravelmente a projetos que considera importantes para a população e cidade, de acordo com seu programa e estatuto”.
A secretaria vinha sendo chefiada interinamente desde outubro por Marlene Azevedo.
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