Os principais partidos separatistas do território da Catalunha anunciaram na última quarta-feira (10) o fechamento de um acordo para reeleger Carles Puigdemont como presidente da região ainda neste mês, embora ainda não se saiba como tornar isso legalmente possível.
Os partidos Juntos pela Catalunha, representado por Puigdemont, e o Esquerda Republicana celebraram o acordo que poderá aprová-lo como presidente regional. Entretanto, ainda é necessário o apoio do partido de extrema esquerda, Candidatura de Unidade Popular (CUP) para garantir a posse. O partido já sinalizou que provavelmente apoiará Puigdemont.
Para se tornar presidente, Puigdemont precisa fazer um discurso de posse no dia 17 de janeiro, que é quando o Parlamento eleito do dia 21 de dezembro será constituído oficialmente. Porém, ele está foragido em Bruxelas desde que foi deposto em outubro, após a fracassada tentativa de separar a Catalunha da Espanha. Se pisar em Barcelona, ele poderá ser imediatamente preso.
Os separatistas consideram duas opções: o discurso via internet ou a delegação a outro deputado. A viabilidade legal da primeira opção ainda precisa ser confirmada. O regulamento da assembleia catalã é ambíguo em relação a essa possibilidade, mas a oposição contrária à independência da Catalunha argumenta que um presidente regional não pode governar à distância.
“É evidente que para governar a Catalunha, é preciso estar na Catalunha, não dá para fazer isso via WhatsApp ou usando um holograma”, afirmou Inés Arrimadas, líder do partido anti-independentista Cidadãos. Em eleição realizada em dezembro, partidos separatistas conquistaram 66 de 135 assentos no Parlamento da Catalunha.
(Com Estadão Conteúdo)
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