Em Vancouver, no Canadá, a palavra desta terça-feira é “diplomacia”. Ministros de Relações Exteriores de 20 países se reúnem na cidade para discutir a questão Coreia do Norte e como chegar a uma resolução pacífica para o escalonamento das tensões com o país, que tem aumentado suas ameaças em relação ao uso de força nuclear.
O objetivo da reunião desta terça-feira é chegar a novas sanções e uma tática para lidar com os norte-coreanos, escapando da retórica “meu botão nuclear é maior que o seu”, utilizada recentemente pelo presidente americano Donald Trump.
A ministra canadense Chrystia Freeland se encontrou com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, justamente para alinhar o discurso.
Os dois jantaram na companhia dos ministros de Defesa de ambos os países, Harjit Sajjan, do Canadá, e James Jim Mattis, dos Estados Unidos.
Apesar da presença dos militares, Freeland afirmou ao jornal canadense CBC que o país está preparado para “fazer o que for necessário em busca de uma solução pacífica.”
A reunião de hoje foi originalmente planejada em setembro do ano passado e contará com a participação de Austrália, Bélgica, Grã-Bretanha, Colômbia, Etiópia, França, Grécia, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Filipinas, África do Sul, Tailândia e Turquia, além de enviados da Coreia do Sul e Japão.
A China escolheu não participar do encontro porque acredita que a reunião fará pouco para resolver a questão, já que “países chave não estarão presentes”, como a Rússia, por exemplo, que tem bastante influência na região.
De setembro pra cá, muita coisa mudou. Na época, Trump tinha recém declarado que trataria uma ameaça norte-coreana com “fogo e fúria”.
Hoje, as tensões não são menores e ele e o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-Un, já trocaram farpas desde o início do ano.
Mas houve uma mudança na dinâmica desde então e a Coreia do Norte abriu diálogo com a Coreia do Sul para discutir o envio de atletas à Olimpíada de Inverno de Pyeongchang no próximo mês.
Até a Casa Branca sinalizou que deve conversar com os norte-coreanos “na hora apropriada e sob as circunstâncias corretas”.
A esperança é que o encontro de hoje traga novidades positivas para o atual “equilíbrio.”
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