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‘Não dá tempo’ de fazer algo novo, diz ex-presidente da Abrace ao assumir secretaria no DF

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Filiada ao PSDB, mas negando aspirações políticas, Ilda Peliz diz que indicação dela foi apenas técnica. Posse está marcada para as 11h desta quinta.

A presidente da Abrace Ilda Peliz (Foto: Renato Araújo/Agência Brasília)

A nova secretária de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Ilda Peliz, avaliou  que pode não ter tempo para deixar uma marca de gestão. Com o nome oficializado no governo do Distrito Federal em 9 de janeiro, a ex-presidente da Abrace toma posse às 11h desta quinta-feira (18), a menos de um ano do fim da atual gestão.

“Não dá tempo. Descobri que não dá para fazer nada [novo]. A prioridade nossa, então, vai ser efetuar o pagamento das instituições conveniadas em dia. São ONGs que prestam serviço para o governo, como as de acolhimento de crianças, instituições como a Apae e a Casa de Ismael.”

Um problema que ela citou é que as contas não fecham. “Preciso de no mínimo R$ 70 milhões para resolver isso. Com o orçamento atual, faltam R$ 35 milhões. Tenho intenção de buscar serviços móveis de saúde bucal e Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social], mas dependo do orçamento.”

Aspirações políticas

Apesar de assumir um cargo no governo, ela afirmou que “não tem pretensão eleitoreira”. “Não vou me candidatar. Não quero isso para mim. Só aceitei o convite por gratidão ao governador pela construção do bloco 2 do Hospital da Criança e por ser um cargo que envolve a área social”, afirmou. Começada em 2013, a obra no hospital está prevista para ser inaugurada em abril deste ano.

Ilda Peliz é filiada ao PSDB. Ela embarca na gestão Rollemberg em meio a um racha interno na legenda tucana. Uma ala, comandada pelo presidente do partido, deputado Izalci, é antigoverno. Outra ala, liderada pela atual secretária Assuntos Estratégicos e ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, é pró-Rollemberg.

A nova secretária de Trabalho declarou, no entanto, que a indicação ao governo não partiu da de Maria Abadia – sendo, segundo ela, baseada apenas por critérios técnicos. “Não sou militante. Sou um caso à parte. Não tenho noção das coisa de política.”

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