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Secretário de Segurança do DF, Edval Novaes cita ‘motivos familiares’ e pede demissão

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Adjunto de Novaes, Cristiano Barbosa Sampaio vai assumir cargo. Ele será o quarto secretário da gestão Rollemberg em pouco mais de três anos.

Secretário de Segurança Pública do DF, Edval de Oliveira Novaes Júnior (Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação)

Edval Novaes não é mais o secretário de Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF). O delegado da Polícia Federal entregou carta de demissão ao governador, Rodrigo Rollemberg, nesta sexta-feira (2).

Ao governador, o delegado alegou “motivos familiares” para deixar o cargo que ocupava desde março de 2017. Rollemberg aceitou o pedido de demissão. A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial do DF.

Na carta de renúncia, o agora ex-secretário disse que precisou “fazer uma escolha pessoal necessária”. “Por isso, por uma decisão de cunho pessoal, resolvi me aposentar, deixar o serviço público e cuidar dos meus entes queridos e dos meus interesses pessoais”, escreveu. A família dele vive no Rio de Janeiro.

O lugar de Novaes será ocupado de forma efetiva por Cristiano Barbosa Sampaio, também delegado da Polícia Federal. Ele era o secretário adjunto da pasta e entrou na secretaria a convite do ex-chefe. O governo indicou não vai procurar outra pessoa para a função.

Sampaio será o quarto secretário de Segurança Pública na gestão Rollemberg. Antes dele e de Novaes, o cargo pertencia à socióloga Márcia de Alencar, que durou um ano e três meses na função. Ela, por sua vez, substituiu o também sociólogo Arthur Trindade, o primeiro escolhido do governador.

Balanço

A última aparição pública de Edval Novaes como secretário do DF foi na tarde desta quinta-feira, na divulgação de balanço da SSP. Os dados apontaram para um aumento dos casos de estupro e para a redução de roubos, furtos e crimes contra a vida.

O número de vítimas de homicídios em janeiro caiu de 41 para 34 em relação ao ano anterior. “Essa é a menor quantidade de ocorrência de toda série histórica desde o ano 2000”, afirmou Novaes.

O levantamento mostrou ainda que 62% das vítimas e 75% dos autores tinham antecedentes criminais.

O balanço dos últimos doze meses também indicou uma redução história no número de homicídios no DF. Segundo a Segurança Pública, em todo ano de 2017 houve 498 mortes violentas – o menor número absoluto dos últimos 15 anos. Em termos relativos, os dados representam 16,3 ocorrências por cada grupo de 100 mil habitantes. De acordo com Novaes, esta foi a menor taxa dos últimos 29 anos.

Já os casos de estupro cresceram 3,4% em janeiro, quando comparados com o mesmo período do ano passado. Durante os 12 meses de 2017, foram registrados 883 crimes do tipo.

De acordo com a pasta, a maioria das vítimas continua sendo de meninas ou mulheres (95%) com idades entre 10 e 39 anos. Dos 61 casos registrados em janeiro, 88% das vítimas eram consideradas vulneráveis – menores de 14 anos de idade, deficientes mentais, doentes ou qualquer pessoa que não tenha capacidade de resistência no momento do ato.

Em 83% do total, a agressão ocorreu na casa da vítima ou do autor, segundo a SSP. Em quase 100% das situações, eles se conheciam. No balanço anual dos dados, no início do mês, o secretário Edval Novaes, afirmou que a alta se dá pela “dificuldade” em combater esse tipo de crime, e recomendou que o cuidado “deve começar pela família”.

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