Tecnologia
Google readquire empresa de ‘internet das coisas’ que comprou em 2014
O Google anunciou nesta semana uma fusão com a Nest, empresa que desenvolve dispositivos para casas conectadas. A Nest, na verdade, já foi um departamento dentro do Google e há três anos opera dentro do mesmo conglomerado, a Alphabet.
A separação entre Google e Nest começou em 2015, quando a Alphabet foi criada para gerenciar as duas empresas e todas as outras que surgissem a partir do Google, como a companhia de carros autônomos Waymo, por exemplo.
Mas a origem da Nest é ainda mais antiga. A empresa foi fundada como uma startup em 2010 por um dos ex-líderes da Apple, Tony Fadell. Foi comprada pelo Google em 2014 por US$ 3,2 bilhões, e agora volta a atuar no quintal da gigante de graça.
A partir de agora, a Nest deixa de ser uma empresa “quase independente” e passa a integrar o departamento de hardware do Google, comandado por Rick Osterloh, responsável por dispositivos como o smartphone Pixel, o Chromecast, o Pixelbook e o Google Home.
Osterloh, em entrevista ao CNET, explicou que o objetivo é alinhar a produção de hardware ligado a inteligência artificial dentro da Alphabet sob um mesmo teto. “Todos os investimentos do Google em inteligência artificial e aprendizado de máquina podem se beneficiar dos produtos da Nest. Apenas faz sentido que eles sejam desenvolvidos juntos”, disse o executivo.
Entre os produtos vendidos pela Nest estão termostatos, detectores de fumaça, câmeras de segurança e campainhas de vídeo. Tudo conectado à internet para que o usuário possa controlar diversas funções da casa pelo smartphone ou PC.
De acordo com o último relatório fiscal da Alphabet, a Nest é a única empresa do núcleo de “apostas” da organização – isto é, investimentos em tecnologias para o futuro que não têm relação com o negócio de publicidade que sustenta o Google – a dar algum lucro, ainda que os números exatos não sejam divulgados.
Ainda no departamento de hardware do Google, a empresa recentemente finalizou a aquisição de grande parte da HTC, fabricante taiwanesa de smartphones, por mais de US$ 1 bilhão. A compra faz parte do plano do Google de produzir e desenhar seus smartphones da linha Pixel “em casa”, sem precisar terceirizar o serviço.
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