O presidente Michel Temer deve anunciar nesta quarta-feira o escolhido para assumir o novo Ministério da Segurança Pública em pleno furor com a intervenção federal no Rio de Janeiro.
O peemedebista participou de uma última bateria de reuniões em São Paulo, incluindo amigos e conselheiros, e está prestes a bater o martelo entre dois nomes. Segundo a coluna Radar, da revista VEJA, o favorito é o ministro da Defesa, Raul Jungmann, ou um militar.
Jungmann passou os últimos dias peregrinando no Congresso. Participou na noite desta terça da votação no Senado do decreto de intervenção federal. A intervenção foi aprovada pelos senadores por 55 votos a 13.
A importância de Jungmann na pasta da Defesa, contudo, diminui a disposição do presidente em substituí-lo. A proximidade com a reforma ministerial forçada pela descompatibilização de ministros para a eleição suavizou: qualquer substituição será explicada pelo calendário eleitoral.
Do outro lado, o militar cotado é Carlos Alberto Santos Cruz, chefe da Secretaria Nacional de Segurança Pública, segundo o jornal O Globo.
O general comandou entre 2006 e 2009 a missão de paz chefiada pelo Brasil no Haiti, além de ter sido comandante da 2ª Divisão de Exército e subcomandante do Comando de Operações Terrestres.
Até a semana passada, a nova pasta tinha outros dois nomes possíveis – que como tudo no governo Temer, causaram polêmica.
O primeiro foi o ex-governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho, responsável pelo massacre do Carandiru em 1992; o outro, José Mariano Beltrame, ex-secretário de Segurança Pública do Rio e responsável pelo modelo de Unidades de Polícia Pacificadora, em franca crise nos dias de hoje.
Definido o nome, o governo parte para outro desafio. Definir o que, afinal, fará o novo ministro. E explicar por que o Brasil precisa de mais uma estrutura burocrática para lidar com o problema da violência.
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