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Sem contrato de Manutenção, Pardais na capital não funcionam

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Brasília é conhecida por ser uma das cidades com maior fiscalização eletrônica no trânsito. No entanto, embora os famosos pardais  estejam por todos os lados, o que osmotoristas desconhecem é que nem todos estão funcionando. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) confirma a informação, mas não informa quantos dos 358 equipamentos estão desligados.

 A situação ocorre porque o contrato de manutenção dos controladores de velocidade foi encerrado no dia 29 de dezembro do ano passado. Enquanto isso, motoristas criam algumas manobras para fugir das multas e levantam o debate da real eficiência dos pardais.

A   direção do Detran, por sua vez, diz que já retomou a licitação para uma nova contratação e determinou que as equipes de policiamento intensifiquem o patrulhamento nas vias urbanas de forma a garantir asegurança no trânsito e coibir infrações até o concerto dos aparelhos.

Mas nem sempre a “caixinha”  intimida o motorista – pelo menos  para a enfermeira Marcela Gertrudes.   “De noite acende uma luz vermelha atrás do radar quando está ligado. Perto de casa sei todos que estão desligados e passo direto, sem medo nem dó. Na cidade inteira eu fico de olho na luzinha, só quando fico na dúvida é que eu freio”, confessa ela, que garante nunca ter se envolvido   acidente grave.

De acordo com o Detran, existem 223 pardais e 135 avanços de sinal nas vias urbanas sob circunscrição do órgão. As infrações por transitar em velocidade superior à máxima permitida  vão de média – quando a velocidade for superior em até 20%; grave – acima de 20%; e gravíssima –  superior à máxima em mais de 50%. Em todos os casos a penalidade vem em forma de uma multa, de preços diferenciados, mas na infração gravíssima o motorista também tem o documento de habilitação apreendido.

O Detran não se posicionou quanto à   consequência dos pardais desligados, tanto na média de velocidade nos locais sem fiscalização eletrônica quanto em número de acidentes. O órgão diz que o critério usado para determinar a quantidade de radares a serem instalados leva em conta um estudo feito pela equipe técnica do Detran, que considera o fluxo de pedestres e carros.

Para o estudante Saulo Santos, 21 anos, a possibilidade da multa já é o suficiente para respeitar os pardais, mesmo  desligados. “Uma hora ou outra eu passo 5km acima, mas não arrisco muito”, admite. Ele  conhece muitas motoristas que passam correndo pelos pardais próximos à casa dele, no Lago Sul, e nunca foram multados. “Eu não sei como funciona, mas me dizem que, da minha casa até a Ponte Costa e Silva, de cinco pardais, somente dois funcionam. Muitos deles não têm aquelas marcas no chão”, conclui.

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