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Meirelles: Convenção decidirá entre Temer e eu quem será candidato do MDB

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Pelas regras do TSE, os partidos têm o prazo de 20 julho a 5 de agosto para fazer suas convenções

São Paulo – O ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência da República pelo MDBHenrique Meirelles, reforçou que o nome do partido para a eleição presidencial será escolhido na convenção da legenda entre ele e o presidente Michel Temer.

Pelas regras do TSE, os partidos têm o prazo de 20 julho a 5 de agosto para fazer suas convenções. Durante almoço com 130 empresários do Conselho das Câmaras de Comércio e Indústria dos países da União Europeia no Brasil (Eurocâmaras), que reúne entidades empresariais com relações entre o Brasil e países da Europa, Meirelles – que aparece oscilando de 0% a 1% em pesquisa Ibope com eleitores de São Paulo divulgada ontem – afirmou que candidatos reformistas devem ter um desempenho acima do que as pesquisas mostram hoje.

“A possibilidade de o Brasil fazer a coisa certa é maior do que as pesquisas mostram hoje”, disse o ex-ministro. Ele voltou a citar que o eleitor espera neste ano um candidato com quatro características: competência, seriedade, honestidade pessoal e experiência. “O eleitor não espera candidato com declaração bombástica, carisma”, destacou.

Além disso, o ex-ministro disse acreditar que o processo eleitoral vai levar a uma consolidação das candidaturas de centro. “Acho que o processo eleitoral vai levar a essa consolidação, eleição é muito aberta e estamos ainda em um tempo muito cedo na campanha.”

Sem citar nomes, o emedebista criticou presidenciáveis que apresentam propostas contrárias ao programa do presidente Michel Temer. “Alguns presidenciáveis de fato propõem a volta atrás, acabar com o teto de gastos, voltar a gastar à vontade, não fazer reforma da Previdência, existe até candidato aí falando em grupos menores em reverter a privatização da Embraer”, citou.

Ele defendeu a reforma da Previdência e disse que a discussão não é fazer ou não, mas é quando a medida será feita porque é necessária. O ex-ministro declarou que não é possível manter o teto dos gastos públicos sem as mudanças no sistema previdenciário.

Respondendo sobre as dificuldades de negociação com o Congresso, Meirelles disse que um presidente eleito com “legitimidade e propostas claras” tem chances altas de fazer reformas no início de governo. “O Executivo no Brasil é muito forte, principalmente em início de governo. Final é mais difícil.”

Perguntado sobre como “conquistar o coração dos eleitores”, Meirelles disse que a campanha eleitoral, com o tempo de rádio e TV, é fundamental para falar como as coisas precisam ser feitas. “A chave na vida das pessoas é emprego, em primeiro lugar, e inflação, em segundo lugar, e outras coisas como serviço público, Segurança, Saúde e Educação.”

Economia

Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Meirelles começou sua palestra falando de economia e exibindo gráficos com dados de crescimento econômico, emprego e inflação ao longo do governo Michel Temer, além de destacar as medidas da gestão.

O ex-ministro reforçou a projeção de que o Brasil deve crescer “ao redor de 3%” em 2018. Ele afirmou que no momento o País está em um “ciclo de crescimento sustentado por investimento das empresas e investimento das famílias”. Para falar sobre o quadro de emprego, o ministro disse que o Brasil deve criar 2,5 milhões de vagas neste ano e que a recuperação da economia “aos poucos vai sendo percebida pela sociedade”.

Meirelles defendeu a reforma trabalhista aprovada no ano passado. Ele disse que a medida vai resolver “de forma relevante, mas gradual” a quantidade excessiva de causas trabalhistas na Justiça.

O economista destacou também os 15 pontos apresentados pelo governo após a frustração com o andamento da reforma da Previdência e reforçou a proposta de privatização da Eletrobras, que, de acordo com ele, implicará em mais investimentos no setor e resultará em menores preços. “O País já adquire hoje uma outra dimensão, uma outra estrutura”, comentou. Meirelles destacou que a reforma da Previdência “é necessária” e vai deixar espaço para crescimento do investimento privado no Brasil.

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