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Após 18 dias, estudantes desocupam reitoria da UnB

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Estudantes e direção da universidade fecharam acordo, que prevê também reparação de danos na estrutura.

Estudantes começam desocupação da reitoria da UnB, após 18 dias (Foto: Kenzo Machida/TV Globo)

A reitoria da Universidade de Brasília (UnB) começou a ser desocupada na manhã desta segunda-feira (30), após 18 dias fechada por estudantes – que protestavam contra a política de corte de gastos previstos para a instituição.

Eles estavam no local desde o último dia 12. Começaram a sair por volta das 10h20. O último estudante deixou a reitoria 20 minutos depois.

No domingo (29), os ocupantes fizeram uma reunião com o chefe do gabinete da reitoria, Paulo César Marques, e selaram um acordo. Entre os pontos, ficou estabelecido que pagariam pelos danos ao prédio. Um balanço preliminar feito pelos próprios estudantes apontou dois vidros e uma fechadura quebrados.

Os consertos devem ser financiados pelos próprios estudantes, com “vaquinhas”, e com verbas dos sindicatos e organizações que apoiaram o ato, como o Sindicato dos trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub).

Alunos da UnB enquanto se preparavam para liberar o prédio da reitoria, após 18 dias de ocupação (Foto: Kenzô Machida/TV Globo)

18 dias de ocupação na UnB

A UnB tentou encerrar a ocupação por outras vezes. Na última quinta-feira (26), a reitoria da universidade havia determinado a saída dos estudantes e chegou a mandar uma notificação extrajudicialendereçada aos integrantes do movimento. O documento não estabelecia nenhuma punição aos manifestantes caso a ocupação continuasse. O prazo foi desrespeitado.

Trecho da notificação extrajudicial entregue pela UnB aos ocupantes da reitoria (Foto: UnB/Reprodução)

O movimento começou após anúncios de austeridade da reitoria da UnB. Alegando queda nos repasses do Ministério da Educação, a universidade determinou a demissão de mais de mil estagiários remunerados, possibilidade de aumento no valor do restaurante universitário e demissão de funcionários terceirizados. O déficit seria de R$ 92 milhões.

Em resposta, o Ministério da Educação divulgou uma carta negando diminuição das verbas e exigiu ‘eficiência’ da administração da universidade. Os estudantes solicitaram uma mesa redonda com representantes da UnB e do MEC, mas o ministério não enviou nenhum representante ou explicou a ausência no evento.

Grupo que ocupou prédio do FNDE, em Brasília, colocou cartazes nas janelas (Foto: Álvaro Costa/ TV Globo)

 

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