Teresópolis – Enquanto esperam para finalmente treinar com bola, o que deve acontecer apenas nesta quarta-feira, os jogadores da seleção brasileira que se apresentaram na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), para o início da preparação da Copa do Mundo, fazem uso do moderno “Centro de Excelência do Futebol Brasileiro”, inaugurado pela CBF na sexta-feira passada.
Montado ao custo de R$ 17 milhões, o local conta com mais de 80 equipamentos de última geração para a prática de exercícios e avaliações físicas. E um deles será forte aliado na recuperação de atletas que voltam de lesão, casos do atacante Neymar e dos laterais Filipe Luís e Fágner.
O equipamento, de fato, é uma estação de trabalho. Ele conta com uma plataforma de força, monitor de vídeo, computador e sensores que são colocados em músculos específicos – no caso dos jogadores de futebol, os localizados nas pernas. Uma palmilha especial também é usada nos testes.
“A palmilha tem 300 sensores de pressão dentro dela. Ela é flexível e tem wi-fi, então o jogador pode correr à vontade. Assim, ela me dá um mapa de onde ele (jogador) aplica mais pressão no pé”, explicou Guilherme Passos, fisiologista da CBF que atua no Centro de Excelência e está ajudando nas avaliações dos jogadores.
De posse dos dados, é possível moldar os treinos e até mesmo o equipamento de trabalho dos jogadores. “Se a chuteira provocar alguma dor, se ele estiver com algum calo, alguma coisa, a gente consegue mudar a palmilha da chuteira ou a própria chuteira. Enfim, fazer uma adaptação para que ele não sinta dor”, destacou Passos.
O caso de Neymar é um bom exemplo. O jogador, que se recuperou de uma fratura no quinto metatarso do pé direito, está retomando agora os treinos com bola. Os testes no novo equipamento ajudarão os fisiologistas da seleção a identificar possíveis desconfortos ou pressão irregular em alguma parte específica do pé.
Outro que será beneficiado é Fágner, que se recupera de lesão muscular. Sensores chamados eletromiógrafos ajudarão na preparação de um melhor treino de recondicionamento físico. “Com eles eu vejo a atividade elétrica do músculo do atleta, se ele está ou não ativando aquela musculatura que eu quero que ele ative em determinado exercício”, comentou Passos.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login