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PV formaliza hoje aliança com Rollemberg pela reeleição no governo do DF
Acerto será anunciado hoje, mas, nos bastidores, acredita-se que o presidente regional da sigla, Eduardo Brandão, concorra como vice na chapa do governador. Alírio Neto e Eliana Pedrosa também se aproximam para a disputa pelo Buriti
Após dias de acenos pouco incisivos na corrida eleitoral, a movimentação pelo Palácio do Buriti voltou a esquentar. Marcados por idas e vindas entre diferentes grupos políticos nos últimos meses, os ex-distritais e pré-candidatos ao GDF Alírio Neto (PTB) e Eliana Pedrosa (Pros) anunciaram, ontem, uma união de centro-direita para a disputa por cargos majoritários. Apesar da certeza de uma dobradinha, não está definido quem será o cabeça de chapa. Pela centro-esquerda, a coalizão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ganhará, hoje, um reforço — o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, desembarcou em Brasília para formalizar a aliança com o socialista.
O PV é o primeiro partido a fechar com Rollemberg. O acerto, que será anunciado ao meio-dia na sede da legenda, garante ao presidente regional da sigla, Eduardo Brandão, uma vaga majoritária. Nos bastidores, a aposta é de que o ex-secretário de Meio Ambiente do governo de Agnelo Queiroz (PT) sairá como candidato a vice-governador. Apesar do ato político, a oficialização ocorrerá apenas nas convenções partidárias, entre julho e agosto. “Temos de antecipar esses prazos oficiais, porque, depois da Copa do Mundo, começam as convenções. Nesse meio tempo, precisamos resolver uma série de questões, como o alinhamento das proporcionais (deputados distritais e federais) e o início da pré-campanha”, explicou Brandão.
De acordo com o ex-secretário, a escolha pelo projeto de reeleição de Rollemberg “está no campo normal das alianças do PV”. “O governador saneou as contas e não figura em escândalos de corrupção. Sempre digo que o mandato de quatro anos é curto. Acredito que, nos próximos anos de gestão, ele poderá mostrar resultados ainda mais expressivos”, argumentou Brandão. O chefe do Palácio do Buriti ainda negocia com outros quatro partidos. O Solidariedade deve formalizar o apoio nos próximos dias. A aliança com Rede e PDT depende de costuras nacionais, pois as duas siglas romperam com a base aliada no ano passado e mantêm posição de independência.
No caso do Podemos, o acordo depende de um palanque para o presidenciável Álvaro Dias e de condições viáveis para as eleições proporcionais da sigla. “Estamos estudando e conversando com todas as frentes. Para as legendas pequenas, a eleição de deputados federais é ainda mais importante devido à cláusula de barreira”, disse o presidente regional do partido e ex-administrador do Plano Piloto nesta gestão, Marcos Pacco. Segundo integrantes do alto escalão da sigla, o acerto com Rollemberg é pouco provável. Por ora, o partido está mais próximo do PRB, uma vez que, nacionalmente, o dono da rede Riachuelo, Flávio Rocha, estuda ser vice de Álvaro Dias.
Desejo
No campo da centro-direita, a chapa encabeçada pela dobradinha entre Eliana Pedrosa e Alírio Neto, políticos sem mandato há quatro anos, deve ser anunciada nos próximos 10 dias, segundo o petebista. O grupo conta com o apoio da família Roriz — a mulher do ex-governador do DF, Weslian Roriz (PMN) é cotada para preencher uma das vagas na disputa ao Senado.
Para Alírio, o desejo comum na corrida pelo Buriti não deve interferir na efetivação da aliança, como ocorreu em outras situações. “Lançamos o comunicado, porque existe a garantia de que um de nós abrirá mão do cabeça de chapa para aquele que detiver melhores condições. É uma união de coerência”, garantiu. “Viemos de um relacionamento que se iniciou na Câmara Legislativa, pois participamos da mesma legislatura. Depois, fomos secretários: ele de Justiça e eu de Desenvolvimento Social. A preocupação social nos une”, destacou Eliana Pedrosa.
O petebista rompeu há cerca de um mês com o grupo articulado pelo senador Cristovam Buarque (PPS), formado, ainda, por outros oito partidos. Dias depois, a frente anunciou o nome de Izalci Lucas (PSDB) como nome para concorrer ao GDF. Devido aos desgastes jurídicos e partidários do tucano, entretanto, a coalizão pode ruir. Alguns integrantes negociam migrar para a chapa de Alírio e Eliana.
Fonte: Ana Viriato/Correio Braziliense
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