Mundo
Rússia denuncia forte pressão americana nas eleições da Interpol
Políticos russos acusaram os EUA de exercerem “uma pressão sem precedentes” para que o candidato russo à presidência da Interpol não fosse o escolhido
Moscou – A Rússia denunciou nesta quarta-feira “fortes pressões” nas eleições à presidência da Interpol, que resultaram na vitória do sul-coreano Kim Jong Yang sobre o candidato russo, Alexander Prokopchuk.
“Certamente, é uma pena que nosso candidato não tenha vencido, mas, por outro lado, se analisarmos imparcialmente as declarações feitas por vários países na véspera das eleições, então fica evidente que houve fortes pressões”, comentou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, aos veículos de imprensa locais.
Peskov garantiu que a Rússia não tem “motivo nenhum” para não aceitar os resultados das eleições, mas fez eco das duras críticas feitas por deputados e senadores russos, que acusaram os EUA de exercerem “uma pressão sem precedentes” para que o candidato russo não fosse o escolhido.
“(A atitude dos EUA) coloca em interdição o próprio princípio de tomada de decisão nas organizações internacionais”, disse Frants Klintsevich, chefe do comitê de defesa e segurança do Senado da Rússia, que tachou de “abertamente vergonhosos” os métodos utilizados contra Prokopchuk.
Além disso, o chefe do comitê de Relações Internacionais da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia, Leonid Slutski, manifestou surpresa pelo fato de o ganhador ter sido um candidato da Ásia, já que o presidente em fim de mandato era chinês, “contrariando todas as expectativas, o princípio de rotatividade e a lógica do processo”.
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