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Grupo de Lima se reúne para pressionar por saída de Maduro

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Reunião convocada pelo Canadá visa discutir futuro político da Venezuela e reiterar apoio ao plano de reconstrução de Juan Guaidó

MADURO: líder chavista mantém apoio da cúpula militar, além de suporte da China e Rússia / Marco Bello/ Reuters (/)

O Grupo de Lima, que reúne os chanceleres de países das Américas, convocou para esta segunda-feira, 04, uma reunião emergencial para tratar do futuro político da Venezuela. Desde o dia 23 de janeiro, o presidente do parlamento do país, Juan Guiadó, se autoproclamou presidente interino, assumindo as funções do executivo. Do outro lado, Nicolás Maduro, que recentemente renovou seu mandato presidencial através de um processo eleitoral questionado internacionalmente, permanece no poder com apoio dos militares.

Formado por 14 países americanos, o Grupo de Lima foi fundado no Peru, em 2017, quando uma série de protestos violentos deixou cerca de 125 mortos na Venezuela. Atualmente, a coalizão pede pela saída do líder Nicolás Maduro e apoia a transição para o governo interino de Guiadó, bem como clama pela convocação de novas eleições livres.

Onze dos 14 países do grupo assinaram, no dia 24 de janeiro, documento de apoio a Guaidó — as exceções foram México, Guiana e Santa Lúcia. Internacionalmente, Guaidó tem apoio ainda dos Estados Unidos e da União Europeia. A Rússia e China se mantêm do lado chavista.

A Ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, convocou o encontro de hoje, na cidade de Ottawa, Canadá, alegando que “a crise criada por Nicolás Maduro representa enormes dificuldades no que se refere à segurança e à ajuda humanitária em todo o continente”.

Segundo Freeland, o propósito do encontro é buscar uma solução conjunta para resolver o impasse venezuelano e apoiar seu povo. Como o Grupo de Lima é favorável ao interino Guiadó, o afastamento total de Nicolás Maduro sobre as funções do executivo do país também deverá ser discutido na reunião.

Na última sexta-feira, Guiadó apresentou um plano com o qual pretende superar a severa crise econômica pela qual a Venezuela vem passando, começando com um governo de transição. Sobre o “Plano país”, como foi apelidado, Guiadó afirmou que a estratégia pretende pôr o Estado venezuelano a serviço dos cidadãos aos quais se deve “empoderar a fim de liberar suas forças criativas e produtivas”, disse.

Em outra frente de pressão, o presidente americano, Donald Trump, afirmou no domingo que enviar tropas para a Venezuela era “uma opção”. Entre ameaças retóricas e pressão diplomática, o cerco a Maduro vem se fechando. Nesta segunda-feira, um novo capítulo será escrito na congelante Ottawa, sob frio de -11 ºC. Fonte: Exame

 

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