Como vários outros ministros, Mourão tem pouca experiência em política, mas o general de 65 anos vem sendo apontado por muitos em Brasília como uma força moderadora aberta ao diálogo e menos dogmática do que o presidente em questões, por exemplo, relacionadas aos homossexuais e às mulheres.
Para espanto dos bolsonaristas, o vice defendeu há alguns dias que o aborto seja uma opção da mulher. Tanto assim que Olavo de Carvalho, talvez o mais influente dos gurus políticos e conselheiros de Bolsonaro, acusou Mourão de traidor via Twitter.
“Não dou bola para isso, deixa para lá. Vivemos muito bem eu e ele (Bolsonaro). Não entendo por que se procurou prosperar isso; se você for analisar as coisas, o procedimento de ambos é normal a um presidente e a um vice”, afirmou.
A parte mais difícil do trabalho é lidar “com todas as nuances, as pressões internas e externas”, disse Mourão, que se levanta todas as manhãs às 5:15 e corre de 6 a 7 quilômetros antes de ir para o gabinete e manter uma agenda diária de cerca de dez horas, entre reuniões com políticos, empresários, embaixadores, sindicalistas e outros.
“A política é a arte do diálogo. Uma vez que entrei na política, tenho por dever me portar dessa maneira.”
Gustavo Bebbiano, em nota distribuída à imprensa na noite de quinta-feira, negou acusações de financiamento irregular de campanha e disse não ser responsável pela definição de candidaturas que teriam sido beneficiadas por recursos oriundos do PSL Nacional.
Fonte Exame
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