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Economia

Índice de confiança empresarial cai 2,7 pontos em março, afirma FGV

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Indicador é calculado com base em entrevistas feitas com empresários dos setores da indústria, de serviços, do comércio e da construção

Confiança dos empresários no futuro também caiu (Istock)

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 2,7 pontos em março ante fevereiro, para 94,0 pontos, o menor nível desde outubro de 2018, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 1º. O indicador varia em uma escala de zero a 200 e é calculado com base em entrevistas feitas com empresários dos setores da indústria, de serviços, do comércio e da construção.

“O retorno, em março, da confiança empresarial ao nível de março do ano passado, após esboçar uma recuperação no início do ano, é uma história das idas e vindas do componente de expectativas do indicador. Primeiro, houve aumento do pessimismo entre março e setembro de 2018, decorrente da combinação de desaceleração econômica interna, crise argentina, greve dos caminhoneiros e aumento das incertezas eleitorais”, explicou em nota o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr.

Segundo ele, após as eleições “houve calibragem das expectativas e uma onda de otimismo com o novo governo”, mas o desapontamento com o ritmo lento da economia e com a manutenção de níveis elevados de incerteza econômica fez o índice recuar.

Todos os subíndices que integram o ICE recuaram em relação ao mês anterior: indústria (-1,8 ponto), serviços (-3,5 pontos), comércio (-3,2 pontos) e construção (-2,5 pontos). Em março, a confiança avançou somente em 22% dos 49 segmentos que integram o ICE. No mês passado, a disseminação de alta havia alcançado 41% dos segmentos.

“A piora tem sido mais concentrada nos setores da construção e comércio. O primeiro é o destaque negativo no mês por registrar queda em 10 de 11 segmentos. Já no comércio, que estava com níveis elevados de expectativas em janeiro, a confiança cresceu em apenas um de seis segmentos nos dois últimos meses”, informou a FGV.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no presente, caiu 1,5 ponto em março, para 89,9 pontos, voltando ao nível de novembro de 2018.

Já o Índice de Expectativas (IE-E), que mede a confiança no futuro, cedeu 2,9 pontos e fechou o trimestre em 98,1 pontos, o menor nível desde outubro do ano passado. Nos dois últimos meses o indicador acumulou perdas de 4,1 pontos.

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