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Bolsonaro deixa Israel sem cumprir promessa de campanha
Transferência da embaixada brasileira para Jerusalém era aguardada por israelenses, mas brasileiro anunciou apenas a abertura de um escritório comercial
Jerusalém — O presidente Jair Bolsonaro encerrou nesta quarta-feira, 3, sua visita oficial de quatro dias a Israel, após uma estadia em que demonstrou sua simpatia pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, mas não transferiu a Embaixada para Jerusalém, embora tenha anunciado a abertura de um escritório de negócios.
O avião com sua comitiva decolou por volta das 10h (horário local, 4h de Brasília) do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, confirmou à Agência EFE, uma fonte oficial brasileira, que especificou que o presidente não realizou atividades oficiais nesta manhã.
Bolsonaro deixou o país sem cumprir sua promessa eleitoral de transferir a legação diplomática de Tel Aviv para Jerusalém, seguindo os passos dos Estados Unidos, mas anunciando a abertura na Cidade Sagrada de um escritório de negócios que foi interpretado pelas autoridades israelenses como um “primeiro passo” para o estabelecimento de uma embaixada na região.
O presidente visitou ontem o Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Jerusalém, onde liderou uma cerimônia em que acendeu uma tocha e colocou uma coroa em memória dos seis milhões de judeus exterminados pelo nazismo.
Ao lado de Netanyahu, Bolsonaro participou do Fórum Missão Comercial Brasil-Israel, em Jerusalém, e ambos visitaram a Exposição de Inovação Israelense, onde o presidente assegurou que a próxima abertura de uma representação de negócios na Cidade Santa reforçará as relações entre Brasil e Israel.
Bolsonaro esteve acompanhado de vários ministros, que assinaram vários acordos bilaterais no campo da segurança, aviação, ciência, tecnologia, segurança pública, cibernética e saúde.
Além disso, ele se tornou no primeiro presidente do mundo a visitar ao lado do primeiro-ministro israelense, o Muro das Lamentações, em Jerusalém Oriental.
A visita à região ocupada da cidade levantou críticas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que também condenou a futura abertura do escritório comercial em Jerusalém. Os palestinos reivindicam a parte leste de Jerusalém como capital de seu futuro Estado.
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