Perdas gerais na rede de distribuição de água de São Paulo chegaram a 31,4% no ano passado: a cada 10 litros tratados, três são desperdiçados.

Os vazamentos em canos somados às fraudes nas ligações residenciais e comerciais aumentaram 10% na comparação com 2015.

A Sabesp argumenta que essa alta era esperada, já que, com o fim da crise hídrica, o consumidor tem mais oferta.

Em entrevista a Thiago Uberreich, o professor de engenharia ambiental da USP, José Carlos Mierzwa, considera as perdas muito altas.

A perda física da Sabesp, citada pelo professor José Carlos Mierzwa, está hoje em 20%, mas o índice chega a 30% levando em conta as fraudes.

O presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, avaliou que a empresa precisa ampliar os investimentos e modernizar a rede de distribuição.

Na análise de Edison Carlos, do Instituto Trata Brasil, as perdas não deveriam passar de 15%.

Em nota, a Sabesp informa que até 2020 vai reduzir os gastos físicos de 20% para 17%.

A empresa pretende ainda propor um novo modelo de estrutura tarifária, com um período de transição de 8 anos. A ideia é reduzir custos dos setores público e privado com base maior de clientes residenciais com direito à tarifa social.