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A ruptura de uma represa ontem a noite no centro do Quênia arrastou diversas casas enquanto os moradores dormiam e deixou pelo menos 32 mortos

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A ruptura de uma represa na quarta-feira à noite no centro do Quênia deixou pelo menos 32 mortos, depois que a água e a lama arrastaram diversas casas no momento em que os moradores dormiam, em plena temporada de chuvas.

Desde março, chega a 160 o número de mortos no país.

A represa de Solai, próxima a Nakuru, a 160 km de Nairóbi, cedeu às 21h locais de quarta-feira. A água destruiu as casas modestas desta zona rural.

Durante toda a noite, as equipes de emergência, com a Cruz Vermelha local à frente, trabalharam para auxiliar os sobreviventes e recuperar os corpos das vítimas.

“A busca e as tarefas de emergência continuam. Mais corpos foram encontrados. O balanço agora é de 32 mortos”, afirmou o comandante da Polícia regional, Gideon Kibunjah.

“É uma catástrofe, porque a maioria dos habitantes estava dormindo no momento da tragédia”, relatou.

Trinta e seis pessoas foram internadas em hospitais da região.

Fontes locais afirmaram à AFP que a represa era usada para irrigar as granjas da zona e, perto do local, havia casas de trabalhadores agrícolas.

Fotografias da região da tragédia mostram as equipes de emergência entre os escombros de casas de madeira.

Um policial que pediu anonimato afirmou que os socorristas haviam percorrido, durante a manhã, metade da área afetada pela ruptura da represa.

Mais de 160 pessoas morreram no Quênia pelas inundações desde o início da temporada de chuvas em março. Antes da ruptura da represa de Solai, o governo havia anunciado um balanço de 132 vítimas fatais.

O Quênia tem duas temporadas de chuvas por ano: de outubro a dezembro e de março a junho. As três últimas foram relativamente calmas, mas a atual provocou tempestades intensas sobre boa parte do país e o leste da África.

Recentemente, a Cruz Vermelha queniana fez um apelo para arrecadar cinco milhões de dólares e ajudar os desabrigados de 32 dos 47 condados do país.

As inundações derrubaram pontes e casas. Em várias regiões, o Exército utilizou helicópteros para resgatar moradores presos em suas casas.

Em Ruanda, 215 pessoas morreram desde janeiro em inundações e deslizamentos provocados pelas chuvas, de acordo com o balanço oficial do governo.

As chuvas torrenciais também afetam a Somália, após uma forte seca. A cidade de Beledweyne, no centro-sul do país, sofreu inundações depois da cheia do rio Shebelle. A AMISOM (Missão da União Africana na Somália) retirou 10.000 habitantes da localidade.

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