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Abipesca pede prioridade em reabertura do mercado europeu para pescados

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A Associação Brasileira da Indústria de Pescados (Abipesca) solicitou ao governo brasileiro que priorize a reabertura do mercado europeu para os pescados nacionais, como uma alternativa às exportações destinadas aos Estados Unidos.

Esse pedido se intensifica após o anúncio dos Estados Unidos de imposto adicional de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o que deve prejudicar as exportações de peixes para o mercado norte-americano.

“A demora nessa negociação, especialmente em momentos como este, mostra a necessidade de diminuir a dependência em mercados específicos para o pescado brasileiro”, declarou a entidade em comunicado.

As exportações brasileiras para a União Europeia foram suspensas em 2018 pelo Ministério da Agricultura, seguindo uma recomendação das autoridades sanitárias europeias. A eliminação dessa suspensão é uma das principais reivindicações do setor produtivo ao governo atual. Atualmente, o setor busca que a retomada das exportações para a UE seja priorizada, de modo a compensar possíveis perdas no mercado dos Estados Unidos devido à nova tarifa.

Os Estados Unidos representam o principal destino das exportações brasileiras de pescado, respondendo por 70% das vendas e movimentando mais de US$ 240 milhões anualmente.

“Esse aumento de 50% na taxa terá um impacto considerável, especialmente na indústria nacional de produtos aquícolas, causando perdas significativas para o setor, que possui restrições mercadológicas diferentes de outras proteínas”, explicou a Abipesca.

A organização também solicitou que o governo brasileiro adote uma postura diplomática e cautelosa para resolver o impasse com os Estados Unidos, evitando confrontos ou medidas que possam agravar a situação.

“Dada a importância do mercado americano, é crucial priorizar as negociações e buscar soluções que beneficiem o Brasil, protegendo milhares de empregos e garantindo a estabilidade econômica do setor”, ressaltou a entidade, em nota assinada pelo presidente Eduardo Lobo.

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