Brasil
Acareação: Cid mentiu e foi desmoralizado, afirma advogado de Bolsonaro
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, declarou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, mentiu e acabou sendo desmoralizado durante a acareação com o general do Exército Walter Souza Braga Netto, realizada nesta terça-feira (24/6) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Vilardi qualificou o encontro como “ótimo”, lamentando a ausência de transmissão pública e reforçando que Cid não disse a verdade. Segundo ele, o delator repetiu mentiras e foi confrontado de forma contundente.
O advogado destacou que o general Braga Netto participou de maneira positiva, reforçando que a reunião realizada em 7 de dezembro não teve desdobramentos posteriores e que o presidente concordou e desistiu das pretensões naquele dia.
Durante o confronto, Cid reafirmou alguns pontos da delação premiada firmada com a Polícia Federal (PF), mas, quando pressionado sobre detalhes importantes, alegou não se lembrar. Ele e o ex-presidente são acusados em ação penal que envolve cinco crimes.
Vilardi ressaltou que as contradições são constantes por parte de Cid, especialmente a respeito da entrega do dinheiro contido em caixas de vinho, tema central da acareação.
A sessão foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, com participação do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Mente o tempo todo
José Lima, advogado que representa Braga Netto, afirmou que Mauro Cid mente constantemente. Após a acareação, ele comentou que Cid foi chamado de mentiroso e demonstrou constrangimento durante o confronto.
Os dois ficaram frente a frente pela primeira vez no processo que investiga uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder.
Lima acrescentou que Cid prestou vários depoimentos com informações contraditórias, aproximando-se ao contestar sua própria versão dos fatos.
Por fim, José Lima adiantou que solicitará a anulação da delação premiada devido às contradições apresentadas.
Em resposta, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, defendeu seu cliente, afirmando com veemência que Cid diz a verdade e não incorre em mentiras.


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