Economia
Ações para reduzir uso de combustíveis fósseis devem avançar, diz Marina

As decisões chamadas de adicionalidades, que tratam de temas fora da pauta oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), ganharam destaque na Pré-COP realizada em Brasília nesta terça-feira (14).
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que essa ferramenta é fundamental para direcionar ações globais visando a redução do uso de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural.
Marina enfatizou a necessidade de combinar ambição e inovação para alcançar decisões importantes como a da COP28, em Dubai, que incorporou o artigo 28 do Balanço Global (GST), definindo a meta de afastamento dos combustíveis fósseis.
“Pela primeira vez, o mundo adotou uma decisão que trata explicitamente da transição justa, ordenada e equitativa para o abandono dos combustíveis fósseis, com o objetivo de acelerar ações até 2050”, afirmou Marina ao abrir a sessão sobre Balanço Global, Transição Energética e Fórum de Combustíveis Sustentáveis.
Embora esse tema não faça parte da pauta oficial de negociação da COP30, prevista para ocorrer em Belém em novembro, a ministra ressaltou a importância das adicionalidades para impulsionar ações urgentes e superar o impasse.
Ela reforçou a necessidade de esforços que reconheçam as diferentes capacidades, tempos de transição e contextos variados de países e populações.
Marina Silva sugeriu que a transferência dos subsídios atualmente destinados aos combustíveis fósseis para iniciativas de energia limpa seja o ponto de partida dessa transição. Ela ressalta que os subsídios aos fósseis variam entre US$ 1,5 trilhão e US$ 7 trilhões, enquanto os investimentos em energias renováveis são significativamente menores.
O exemplo do Brasil, que visa zerar o desmatamento ilegal até 2030, foi indicado como modelo para que outros países tracem seus próprios caminhos para reduzir o uso dos combustíveis fósseis, respeitando suas particularidades e capacidades.
Segundo Marina Silva, esse é um desafio que o regime climático pretende superar na conferência em Belém dentro de poucas semanas.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login