A Agência Reguladora das Águas do Distrito Federal (Adasa) define na próxima segunda-feira (30) o tamanho do reajuste na conta de água previsto para ainda este ano. A previsão é de que os novos valores passem a valer a partir de 1º de junho deste ano.
A companhia de saneamento pede um aumento de 9,69% na tarifa, alegando perda de mercado (em decorrência do consumo menor pelo racionamento), entre 2016 e 2017. Já a Adasa propõe um reajuste de 2,06%, alegando que ele permitiria manter o equilíbrio econômico-financeiro da estatal.
Em 2017, a Adasa autorizou um reajuste de 3,1% na fatura, que passou a valer em junho daquele ano. Inicialmente, a agência tinha proposto um aumento de 2,56%, enquanto a Caesb pedia que as contas ficassem 5% mais caras.
Uma audiência pública foi feita na Adasa pela manhã desta segunda (23) para tratar do assunto. Ela serve para a agência analisar as diversas opiniões antes de bater o martelo sobre a conta de água.
Tarifa
Atualmente, quem consome até 10 mil litros de água por mês paga uma conta de R$ 29,50. Ao todo, 45% dos consumidores do DF se enquadram neste grupo. Se o reajuste sair conforme a Caesb pretende, o valor subiria para R$ 32,35.
Em março, ojá tinha mostrado que a conta de água tendia a ficar mais cara. Isso para compensar o gasto da Caesb com pagamento de hora extra aos funcionários, que aumentou 11 vezes no período entre 2016 e 2017.
A despesa 1.136% maior é consequência direta do regime de racionamento de água, segundo a estatal. Desde que os cortes começaram, os 1.221 empregados da área de operação e manutenção passaram a trabalhar em horários fora do usual. Para atender ao calendário, o expediente foi adiantado para as primeiras horas do dia – inclusive aos sábados, domingos e feriados.
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