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Adilson Amadeu condenado por antissemitismo retorna à Câmara de São Paulo

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou o assessor especial Adilson Amadeu, condenado duas vezes por antissemitismo. A decisão, publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (17/11), ocorre cerca de um mês após Amadeu ter sido nomeado para a Secretaria Especial de Relações Institucionais, do Gabinete do Prefeito, no dia 15 de outubro.

Segundo a prefeitura, a exoneração aconteceu para que Adilson Amadeu possa assumir a vaga de vereador na Câmara Municipal. Ele foi eleito como suplente nas eleições de 2024 e deverá assumir temporariamente o lugar de Sandra Alves (União Brasil), que está em licença.

“Por um período determinado (provavelmente até o recesso), retornarei ao parlamento. Durante esse tempo, teremos várias votações importantes para a nossa cidade”, declarou ele nas redes sociais. “Continuarei empenhado em meu compromisso de trabalhar muito em defesa de todos os cidadãos paulistanos e por uma cidade melhor para todos nós”.

Antissemitismo

Adilson esteve envolvido em um caso de racismo contra judeus devido a áudios enviados em 2020 a um grupo de amigos no WhatsApp. Na mensagem, ele afirmou que os judeus desejam “que tudo quebre”.

Esse episódio resultou na condenação do então vereador, em primeira e segunda instâncias, a 2 anos e 6 meses de prisão em regime aberto, além do pagamento de uma multa equivalente a 13 salários mínimos pelo crime de racismo relacionado às suas declarações sobre a comunidade judaica.

No áudio, Amadeu disse: “É uma grande desonestidade, que querem que tudo desmorone, para que todos fiquem dependentes de quem? Infelizmente, também os judeus, e eu estou respondendo a um processo, porque quando se fala do Hospital Israelita Albert Einstein, do Grupo Lide, há uma imensa desonestidade como nunca vi antes”.

Na defesa, os advogados de Amadeu alegaram que o alvo do comentário não era a comunidade judaica, mas sim as gestões estadual e federal durante a pandemia. Eles também ressaltaram que o áudio foi enviado em um grupo privado de amigos de infância e que o ex-vereador pediu desculpas à Federação Israelita de São Paulo em abril de 2022.

Anteriormente, em 2022, Adilson Amadeu foi condenado por injúria racial após dirigir insultos antissemitas ao vereador Daniel Annenberg (PSDB) durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo. Na ocasião, ele usou termos ofensivos, incluindo xingamentos de natureza antissemita.

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