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Adolescente será internado após comportamento nazista e ameaças em escola

A Justiça de São Paulo decidiu pela internação temporária de um jovem que teve atitudes de apoio ao nazismo em várias ocasiões dentro de uma escola particular na capital paulista e em grupos de mensagens no WhatsApp. Em fevereiro de 2025, ele teria se fantasiado do ditador nazista Adolf Hitler, imitando seu penteado e bigode característicos, além de realizar a saudação nazista com o braço.
A internação ocorreu devido ao fato de que o adolescente cometeu atos infracionais no ambiente escolar que incluíam comportamentos inadequados e ofensivos a colegas e professores, tais como a exaltação do nazismo, insultos e ameaças verbais.
De acordo com o processo, no evento de fevereiro, o estudante teria manifestado opiniões favoráveis a Hitler, dizendo que ‘Hitler estava certo’ e ‘deveria matar mais pessoas’, além de compartilhar figurinhas do líder nazista em grupos de WhatsApp. O documento também relata que ele já havia ofendido uma professora e colegas com xingamentos como ‘macaca’, ‘vadia’ e ‘prostituta’.
No mês seguinte, março, o mesmo jovem teria ameaçado funcionários e alunos da escola, causando alarme e tumulto. Ele teria afirmado que iria levar uma faca para cometer um ataque durante o último dia de aula do 9º ano. Preocupados, os estudantes acionaram a coordenação, que chamou a polícia, e o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar.
A defesa do adolescente, ao solicitar habeas corpus, afirmou que não houve agressão física grave ou ameaça concreta contra alguém, nem indícios claros de que ele planejava o suposto ataque.
O advogado da família explicou que o jovem foi transferido de escola e vem apresentando melhor desempenho e equilíbrio emocional, indicando que o ambiente anterior não era adequado para suas necessidades cognitivas e emocionais. Os pais já iniciaram acompanhamento neuropsicológico e relataram que os problemas do filho derivam, em grande parte, da falta de suporte especializado, não de uma natureza perigosa ou desviante.
O vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Beretta da Silveira, negou o pedido liminar contra a internação, destacando que o adolescente não conta com suporte familiar suficiente para adequar seu comportamento socialmente. Ele ressaltou que, apesar da presença dos pais, eles não conseguem controlar as ações do jovem, justificando sua custódia preventiva para proteger a ordem pública e a segurança dele e dos outros adolescentes.
O registro judicial indica que, desde pelo menos 2020, o jovem já apresentava atitudes problemáticas, com comportamento agressivo, falta de respeito a figuras de autoridade e expressões de preconceito contra diversos grupos, incluindo homofobia, machismo e racismo.

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