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Advogado de Bolsonaro passa a defender fiscal e não descarta colaboração

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Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na causa sobre tentativa de golpe de Estado, agora representa o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto. Ele é alvo da Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que investiga um esquema bilionário envolvendo o adiantamento de créditos tributários. Empresários como Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, foram presos na operação.

Na linha de defesa do fiscal, suspeito de ter recebido mais de R$ 1 bilhão em propina para favorecer empresas como Ultrafarma e Fast Shop, Cunha Bueno reconhece a possibilidade de seu cliente colaborar com as autoridades. Perguntado sobre um possível acordo, o advogado afirmou que “nenhuma hipótese está descartada”.

Anteriormente, o auditor foi defendido por Fernando Capez, ex-deputado estadual, que indicou aos promotores uma possível negociação para a libertação do fiscal, embora o gesto tenha sido interpretado como uma estratégia para sondar a situação. Quando os promotores do MPSP visitaram a delegacia recentemente, Artur Gomes da Silva Neto preferiu não se manifestar.

Cunha Bueno assumiu a defesa em 13 de agosto e está analisando as evidências contra o fiscal. Segundo as investigações, existem provas substanciais contra o auditor, além do crescimento patrimonial bilionário da empresa Smart Tax, registrada no nome da mãe do fiscal, Kimio Mizukami da Silva. O Ministério Público relata que o patrimônio dela aumentou de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões entre 2023 e 2025.

A prisão temporária de Artur foi estendida por mais cinco dias em 22 de agosto. Na mesma decisão, o juiz Paulo Fernando Deroma De Mello ordenou a soltura de Sidney Oliveira e Mário Otávio Gomes, que devem usar tornozeleiras eletrônicas, tiveram seus passaportes retidos e pagaram fiança de R$ 25 milhões.

Detalhes do esquema

O auditor teria recebido propina superior a R$ 1 bilhão desde 2021 para manipular processos e antecipar créditos de ICMS-ST para as empresas Ultrafarma e Fast Shop. Esses créditos foram revendidos a outras companhias, como a Rede Nos e a Kalunga. O Ministério Público investiga se essas empresas estavam cientes da origem irregular dos créditos.

Artur Gomes da Silva Neto e os diretores foram presos temporariamente em 12 de agosto, permanecendo detidos até 15 de agosto, com a prisão do auditor prorrogada em cinco dias. O novo defensor revisa todas as provas para montar a estratégia de defesa.

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