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Aeroporto de Brasília completa 59 anos com chegada da tocha olímpica

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Terminal foi construído para receber material para a construção da capital.
Hoje, aeroporto de Brasília é o segundo mais movimentado do Brasil.

 

O Aeroporto Internacional de Brasília completou 59 anos nesta terça-feira (3), mesmo dia em que recebeu a tocha olímpica. O terminal foi construído três anos antes da capital para receber aviões com material e técnicos de construção. Atualmente ele conta com lojas, diversos restaurantes e recebe diariamente cerca de 54 mil pessoas. É o segundo aeroporto de maior movimento do Brasil, atrás somente de Guarulhos.

Funcionário mais antigo do aeroporto, seu Nilton fala sobre o lugar onde trabalha há 39 anos. “O forro é original daquela época e aqui nós tínhamos quatro rampas, que eram as rampas A, B, C, D, né? Onde a gente atuava fazendo a segurança do acesso às pessoas que embarcavam”, conta.

Apesar de ter passado tanto tempo no lugar, ele ainda se surpreende e descobre coisas novas sobre o aeroporto. Com todas as mudanças no terminal, de vez em quando, aparecem pedaços desconhecidos pelo caminho.

“Por incrível que pareça é a primeira vez que eu venho aqui depois da reforma do aeroporto”, diz Nilton na área de embarque mais nova do aeroporto. “Venho aqui esporadicamente, só quando vou viajar.”

De madrugada, com o aeroporto quase vazio, seu Nilton mostra os corredores modernos para os 59 anos do lugar, que substituiu um antigo aeroporto na região da antiga rodoferroviária. Até chegar à capacidade atual, o terminal passou por muitas reformas. A mais recente foi a maior, fez o aeroporto dobrar de tamanho. Em horário de pico, um pouso e uma decolagem por minuto são feitas no local.

Seu Nilton, que trabalha na organização e na fiscalização do pátio de pousos e decolagens, diz que esse é o lugar onde se encontra. “Essa é minha praia”. Seu Nilton já participou de momentos históricos, como a vinda do Papa João Paulo II.

“Nessa época eu trabalhava na área de segurança e o nosso inspetor Braga, na época, pediu pra que eu fosse no gramado tirar uma equipe que estava jogando futebol antes da passagem do Papa. Eu aproveitei esse momento, me infiltrei no meio do pessoal e pedi pra parar o futebol e usei esse período pra ver o Papa passar”, conta.

Quando a seleção brasileira do tetra chegou à Brasília em 1994, seu Nilton também parou para ver. “Eu estava quando, me parece que foi o Romário que estava na janela acenando com o braço do lado de fora do avião. Foi na base aérea”, diz. “Tirei meu sustento todo daqui porque eu entrei aqui com 18 anos da idade, em 1977. Graças a Deus, sou um vencedor”, conclui.

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