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Centro-Oeste

Agressão entre torcedores pode ter punição mais severa por uso de habilidades de luta

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Os torcedores do Palmeiras flagrados agredindo um simpatizante do Flamengo no último domingo (30/11), sob a marquise de um edifício no Sudoeste (DF), enfrentam possíveis agravantes na investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Segundo o delegado-chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), Victor Dan, responsável pelo caso, foi identificado que os envolvidos possuem conhecimento técnico avançado em artes marciais, o que poderá influenciar tanto na tipificação do crime quanto na penalidade imposta.

“Verificamos que essas pessoas têm habilidades em artes marciais. Avaliaremos o uso excessivo dessas capacidades, que pode agravar a situação na qualificação do crime e na pena aplicada posteriormente”, explicou o delegado.

Até o momento, Victor Dan afirmou que a pena não pode ser definida com precisão. “É necessário aprofundar a apuração, ouvir testemunhas e aguardar o laudo pericial do médico legista, que detalhará a extensão das lesões para afirmar o grau de agressividade dos autores”, disse.

Inicialmente, o inquérito foi registrado como lesão corporal, mas após ouvir a vítima, percebeu-se a gravidade dos ferimentos. “A lesão corporal leve está descartada, pois as lesões são contundentes e chamam muita atenção”, afirmou Dan.

Quanto à motivação da briga, o delegado apontou que pode estar relacionada a rivalidades entre torcidas, embora não estando envolvidas organizadas. “A briga parece ter começado quando a vítima se aproximou dos agressores, então a motivação precisa ser esclarecida”, comentou.

“Mesmo que tenha havido provocação por parte da vítima, o excesso na violência é o que justifica a investigação. O domínio de artes marciais pode ser considerado pela Justiça como uma arma branca”, acrescentou Dan.

A defesa dos palmeirenses afirmou que eles relataram que a confusão iniciou após o torcedor do Flamengo ter proferido insultos com conotação homofóbica e racista.

O episódio aconteceu logo após a final da Copa Libertadores, entre Flamengo e Palmeiras, no sábado (29/11), vencida pelo time carioca. A vítima informou que estava na marquise de seu prédio quando foi cercada pelos agressores.

Os agressores teriam impedido o homem, que usava uma camisa do Flamengo, de subir para seu apartamento. As imagens mostram que um dos suspeitos desferiu um soco no rosto do homem e executou um movimento de luta conhecido como “double-leg”, derrubando a vítima.

Já caído, os agressores continuaram a violência, chegando a chutar a vítima de uma escada com cerca de seis degraus.

O flamenguista relatou à PCDF que as agressões foram severas, a ponto de temer pela própria vida, e que os ferimentos não foram piores graças ao seu conhecimento em defesa pessoal.

Ele procurou atendimento médico no domingo à tarde e passou por perícia, cujo laudo deverá ser concluído até terça-feira (2/12), para determinar a gravidade do crime. Dependendo das conclusões, os acusados poderão responder por tentativa de homicídio.

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