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Aguardamos resultados em breve, afirma Steve Bannon após apoio de Trump a Bolsonaro
Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está “muito preocupado” com a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro e que “haverá duras sanções financeiras” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As declarações foram dadas ao portal UOL.
“Somos fortes apoiadores do movimento Bolsonaro desde que o conhecemos em 2017. E acredito que a manifestação indica que o presidente Trump está completamente informado sobre os acontecimentos”, declarou Bannon ao site. “Ele está muito preocupado com isso. E creio que haverá duras sanções financeiras contra Moraes. Muitas pessoas estão trabalhando nisso, tanto no Executivo quanto no Congresso, e aguardamos os resultados em algumas semanas”.
Donald Trump manifestou seu posicionamento por meio de uma publicação na sua rede social Truth Social. Na mensagem, o presidente americano disse que acompanha de perto a situação de Bolsonaro e criticou o Brasil por estar tomando uma “ação errada”. Segundo ele, o julgamento do ex-presidente brasileiro deveria ocorrer “nas urnas” e não pelo Judiciário. Bolsonaro foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, na situação atual, não poderá concorrer novamente no próxima eleição.
“Ele não tem culpa, exceto por ter defendido o povo. Conheci Jair Bolsonaro e ele era um líder firme, que realmente amava seu país — além de um negociador muito duro em questões comerciais. Sua eleição foi muito disputada e agora ele lidera nas pesquisas. Isso é apenas um ataque político, algo que entendo bem. Passei por isso dez vezes”, escreveu Trump.
Para membros do STF consultados pelo Globo, a declaração de Trump é parte de uma agenda política e não tem capacidade para interferir no andamento do processo conduzido pelo tribunal. Esses ministros enfatizam que o tribunal está seguindo todas as normas legais, e que não só Bolsonaro, mas todos os acusados na trama golpista, estão exercendo seu direito à ampla defesa e ao contraditório.
Esses magistrados ainda destacaram que o próprio ex-presidente tem mantido uma postura moderada diante do tribunal, conforme observado durante os interrogatórios da trama golpista realizados no mês passado.
A resposta mais firme veio do presidente Lula. Em nota, reafirmou que “a proteção da democracia no Brasil é uma responsabilidade dos brasileiros”. “Somos um país soberano e não aceitaremos interferência ou tutela de ninguém. Temos instituições fortes e independentes. Ninguém está acima da lei — especialmente aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito.”

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