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Ajuda humanitária enfrenta obstáculos para entrar em Gaza

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As entidades humanitárias estão se organizando para ampliar significativamente a entrega de assistência na Faixa de Gaza durante o cessar-fogo entre Israel e Hamas. No entanto, há preocupação de que as limitações de acesso e circulação na região afetada pela fome possam complicar suas ações.

Representantes do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) e do Conselho Norueguês para os Refugiados informaram à AFP que estão preparados para intensificar suas operações no território.

Segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Israel autorizou a entrada de 170.000 toneladas de suprimentos no local e apresentou um plano operacional para os primeiros dois meses da trégua.

Jacob Granger, do MSF, ressaltou que existe uma necessidade imediata de itens básicos: equipamentos médicos, medicamentos, alimentos, água, combustível e abrigos adequados para os cerca de dois milhões de habitantes que terão que enfrentar o inverno sem proteção adequada.

Após dois anos de conflito, muitas infraestruturas foram destruídas, incluindo a rede de abastecimento de água.

A ajuda humanitária tem sido insuficiente por meses, apesar da recente flexibilização do bloqueio rigoroso imposto por Israel.

A ONU declarou que há uma crise de fome em Gaza desde agosto, destacando que 500 mil pessoas estão em situação crítica.

Comida esperando para chegar

Desde a declaração do cessar-fogo, moradores de Gaza estão otimistas com o retorno do fornecimento de alimentos.

Segundo Marwan al Madhun, de 34 anos, um dos deslocados, seus filhos estão animados com a perspectiva de finalmente receber carne e frango.

O acordo de cessar-fogo estabelece que a ajuda possa ser encaminhada para a Faixa de Gaza sem interferências de Israel ou Hamas.

Um representante de uma ONG médica comentou que está sendo feito esforço junto a embaixadas e financiadores para garantir que caminhões possam transportar suprimentos livremente do lado israelense.

Antoine Renard, diretor do Programa Mundial de Alimentos nos territórios palestinos, apontou que o principal desafio atual é o acesso.

Limitações e preocupações

Dois trabalhadores humanitários expressaram apreensão sobre as restrições impostas pelas autoridades israelenses para a distribuição da ajuda, que até então vinha sendo conduzida pela Fundação Humanitária de Gaza.

As atividades desta organização, que conta com apoio de Israel e Estados Unidos, foram prejudicadas após a morte de mais de mil pessoas — a maioria por forças israelenses nas proximidades dos locais de entrega, segundo relatório da ONU sobre direitos humanos.

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