Alckmin afirma que Brasil aguarda resposta dos EUA sobre cartas para negociar tarifa

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, informou nesta quinta-feira que o Brasil ainda espera uma resposta dos Estados Unidos sobre as cartas enviadas a Washington, que visam iniciar negociações sobre o aumento das tarifas.

— Estamos na expectativa da resposta à carta encaminhada para os EUA — declarou.

Esta quinta marcou o terceiro dia consecutivo em que Alckmin realizou encontros com representantes dos setores afetados pela tarifa de 50% aplicada pelo governo americano sobre produtos brasileiros.

A ação liderada por Alckmin tem como objetivo coordenar a resposta do governo Lula ao aumento tarifário anunciado por Donald Trump e fortalecer o diálogo com o setor produtivo. O presidente norte-americano pretende estabelecer uma taxação de 50% sobre importações americanas proveniente do Brasil a partir de 1º de agosto.

Durante o dia, Alckmin se reuniu com representantes da indústria e do comércio exterior. Pela manhã, participou de uma videoconferência com Marco Stefanini, presidente global do grupo Stefanini, e recebeu Rogério Duair Jacomini Nunes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEM).

À tarde, continuou a agenda com encontros com Rodrigo Navarro, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), e Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Os encontros recentes seguem a publicação, pelo governo, de um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica — um mecanismo que pode ser utilizado para adotar medidas retaliatórias contra países que imponham barreiras comerciais aos produtos brasileiros.

Nos dias anteriores, Alckmin já havia mantido reuniões com empresários do setor industrial, do agronegócio, além de representantes da FIESC, da Amcham, e líderes do Legislativo, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.